Programa de visitas do TRT beneficia mais 70 estudantes de Direito
Por Ademar Lopes Junior
Olhares curiosos se acostumam aos poucos com o ambiente sóbrio, porém receptivo, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, com suas paredes revestidas de pedra no saguão de entrada. Logo depois, as duas turmas de estudantes, recepcionadas na tarde desta quarta-feira, 25 de agosto, por servidores da Escola Judicial, da Assessoria de Segurança e do Setor de Imprensa do Tribunal, se acomodam em meio a um leve burburinho no Plenário Ministro Coqueijo Costa, no 1º andar do edifício-sede da Corte.
Ao todo foram 70 estudantes de Direito, sendo 20 da Faculdade de Paulínia e 50 do Instituto de Ensino Campo Limpo Paulista, acompanhados, respectivamente, das professoras Floriane Pöckel Fernandes Copetti e Aparecida Dias de Oliveira Formigoni. No Plenário, sentados em poltronas confortáveis, receberam o material informativo sobre a composição, organização e funcionamento do Tribunal e assistiram ao vídeo institucional do TRT. Em seguida, as turmas receberam as boas-vindas do vice-presidente judicial, desembargador Eduardo Benedito de Oliveira Zanella, que presidiu, em seguida, a sessão da 3ª Seção de Dissídios Individuais. O magistrado explicou aos alunos de Direito vários dos procedimentos que norteiam os julgamentos das ações rescisórias, especialidade da SDI-3. Zanella também salientou a importância de visitas de estudantes ao Tribunal e elogiou a boa vontade dos professores que se empenham em oferecer essa oportunidade a seus alunos.
Até as 15h, os estudantes assistiram no Plenário ao julgamento de três ações rescisórias. Depois, no saguão da Escola Judicial, no 3º andar, os visitantes fizeram uma pausa para o coffee-break.
Na sequência, a comitiva subiu até a Presidência, no 15º andar, onde os estudantes foram recebidos pelo presidente Luís Carlos Cândido Martins Sotero da Silva em seu gabinete. Sotero falou da importância do TRT no cenário nacional, especialmente pelos dissídios de greve, e lembrou importantes casos julgados nos últimos tempos, alguns até de forma inédita no país, como foi o caso Embraer, em 2009.
Em seguida, cumprindo a última etapa do roteiro da visita, os futuros bacharéis em Direito se dirigiram ao prédio da Sede Administrativa da Corte, onde visitaram o Centro de Memória, Arquivo e Cultura do TRT da 15ª, reduto de importantes documentos históricos da Justiça do Trabalho brasileira.
Os comentários
Os estudantes também conheceram o Centro de Memória, Arquivo e Cultura (CMAC) do Tribunal, na Sede Administrativa da Corte, no Centro de Campinas
Para a professora de Direito do Trabalho Floriane Copetti, da Faculdade de Paulínia, acostumada a visitas com alunos ao Tribunal, o TRT da 15ª é de longe um dos órgãos públicos que mais se abre a esse tipo de atividade com os estudantes. Ela salientou o bom acesso e o preparo do Tribunal para receber os futuros bacharéis.
Já a professora de Direito Processual Trabalhista e Prática Jurídica Trabalhista da Faculdade de Direito do Instituto de Ensino Campo Limpo Paulista, Aparecida Formigoni, o mais importante nessas visitas ao TRT “é o carinho com que são todos recebidos”.
O servidor municipal Petras Peres, estudante do 8º semestre (4º ano) da Faculdade de Paulínia, a visita foi importante para conhecer mais da Justiça do Trabalho na prática. Ele pretende prestar concursos públicos na área trabalhista no futuro. O vendedor César Negli, estudante do 8º semestre da mesma faculdade, salientou a importância da visita para conciliar “o palavreado da teoria à prática do Direito e sua aplicação concreta”.
Eduardo Percusso, médico veterinário e estudante do 8º período de Direito do Instituto de Ensino Campo Limpo Paulista, disse que tem grande interesse no Direito Ambiental, mas que a visita ao TRT foi muito importante e reveladora para o seu estudo, especialmente pela sessão assistida no Plenário.
O oficial de justiça da Justiça Estadual em Franco da Rocha Ciro Carlos Motta aproveitou bastante a visita. Com vistas no futuro, pretende prestar concurso, depois de formado, para trabalhar na Justiça do Trabalho. Motta salientou que o Direito do Trabalho se diferencia dos demais ramos porque é o que “mais traz a justiça aos menos favorecidos, especialmente na proteção aos mais fracos e na distribuição de renda”.
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