O presidente do Coleouv e ouvidor da 15ª Região, desembargador José Otávio de Souza Ferreira,  explicou que a
principal função do ouvidor é representar os legítimos interesses do cidadão brasileiro no interior das instituições

"O simples gesto de ouvir já é quase uma solução", ressaltou o presidente do TST e do CSJT  durante o evento

Com informações de Nathália Valente/Secom/TST

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e ouvidor do TST, ministro Ives Gandra Martins Filho, homenageou no dia 16 de março o trabalho desempenhado pelas Ouvidorias e suas equipes, em alusão ao Dia do Ouvidor. Durante evento realizado no TST na reunião do Colégio de Ouvidores da Justiça do Trabalho (Coleouv), o ministro fez uma reflexão a respeito do papel do ouvidor. "O simples gesto de ouvir já é quase uma solução," disse, ao comparar o profissional com o "ombro amigo" do jurisdicionado. O ministro ressaltou a necessidade de os profissionais discernirem o que tem e o que não tem solução, para não gerar falsas expectativas para a pessoa que reclama, critica ou sugere, lembrando que, no âmbito da Justiça, as reclamações mais comuns são as de demora de julgamento de processos.

Pesquisa de satisfação

A importância de pesquisas de qualidade do serviço prestado nas ouvidorias do TST também foi mencionada pelo presidente do TST e CSJT. Os resultados dessas pesquisas, segundo ele, apontam "o que é possível fazer para que as reclamações, expectativas e esperanças do jurisdicionado possam chegar a quem presta a jurisdição de uma forma a que se compreendam essas circunstâncias e se adotem políticas que atendam cada vez melhor o jurisdicionado".

História e papel do Ouvidor

O presidente do Coleouv, desembargador José Otávio de Souza Ferreira, também ouvidor do TRT da 15ª Região, explicou que a principal função do ouvidor é representar os legítimos interesses do cidadão brasileiro no interior das instituições. "As ouvidorias são uma atividade institucional de representação cidadã de caráter conciliatório, pedagógico, instrumental e estratégico que acolhe as manifestações dos cidadãos, analisa e fornece informações aos gestores visando à promoção da melhoria contínua e busca de soluções efetivas", afirmou. "Elas têm um firme propósito de atuar como um órgão de interlocução e de mediação entre o cidadão e a administração".

A chefe da ouvidoria do TST, Renata Haberma, lembra que o Dia do Ouvidor desse ano tem um significado ainda maior porque marca os 30 anos da criação das ouvidorias públicas no país. "Em 1986, em Curitiba, surgiu a primeira ouvidoria pública do Brasil. Ela vem se consolidando no país e ganhando uma identidade própria" destacou.

A Ouvidoria do TST recebeu em 2015, em média, 34 mil manifestações feitas por meio de carta, formulário eletrônico, disque-ouvidoria ou presencial.