Por João Augusto Germer Britto

Nesta quinta-feira (17 de novembro), às 16 horas, no Auditório da Escola Judicial do TRT da 15ª Região, no 5º andar do edifício-sede da Corte, em Campinas, o arquiteto e professor Luiz Cláudio Bittencourt faz a palestra "Ferrovia e ferroviários – hipótese para apagamento político da memória do operário das ferrovias". O convidado graduou-se pela PUC-Campinas, é doutor pela USP e tem pós-doutorado pela Unicamp. Bittencourt já coordenou projeto de pesquisa em políticas públicas que discutiu o papel dos leitos, pátios e conjuntos edificados ligados às ferrovias na estruturação urbanística e nas políticas públicas para a Região Metropolitana de Campinas.

Já no Centro de Memória, Arquivo e Cultura (CMAC), instalado no piso térreo da sede administrativa do Tribunal, também em Campinas, ocorre a exposição "Nos trilhos da memória: as lutas e conquistas dos ferroviários paulistas à luz da Justiça". Os documentos retratam a intensa judicialização das relações trabalhistas entre ferroviários e empresas estatais responsáveis pelas estradas de ferro do interior paulista, especialmente na região de Araraquara. A mostra se concentra no período que vai de 1935 a 1960, quando as condições precárias e as pressões a que essa categoria de trabalhadores era submetida no desempenho de suas funções insuflavam o crescimento dos movimentos sociais e sindicais.

As duas iniciativas fazem parte das comemorações dos 30 anos do TRT da 15ª Região e dos 12 anos de inauguração do CMAC.

Nesta quarta-feira (16/11), cerca de quarenta alunos do projeto municipal Educação de Jovens e Adultos (EJA), vinculado à Fundação Municipal para Educação Comunitária de Campinas, formaram o primeiro grupo externo a prestigiar a exposição.

A mostra está aberta de segunda a sexta-feira, das 12 às 18 horas, e segue até o próximo dia 19 de dezembro. O CMAC fica na Rua Dr. Quirino, 1.080, no Centro de Campinas.