Emoção marca última sessão administrativa da juíza Irene
“Pessoa espiritualizada, fina, luminosa, doce e de serenidade profunda”. Esses foram alguns dos adjetivos empregados pelo juiz Flavio Allegretti de Campos Cooper, diretor da Escola da Magistratura, ao saudar a juíza Irene Araium Luz, que tem aposentadoria prevista para o próximo dia 2 de julho. O discurso foi proferido na tarde de hoje (21/6), no início da última sessão administrativa da qual participou a magistrada, que preside a 8ª Câmara, na qual também atua o juiz Cooper. Tomada pela emoção, a juíza Irene já tinha sido alvo de inúmeras manifestações de carinho antes da sessão.
O juiz Cooper fez questão de destacar que a homenageada alcançou seu apogeu de excelência, tanto na magistratura como em outras atividades. Disse ainda que a juíza Irene ficará marcada, além de outros atributos, como sendo uma pessoa serena, ponderada e sábia. “Só nos resta oferecer nossos votos de apreço e de saudade”. Em seguida a magistrada foi presenteada com flores.
A juíza Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla, da 3ª Câmara, recitou um poema de lavra própria para enumerar algumas das qualidades de sua colega de Corte. “Suave como a brisa da manhã; verdadeira e constante como o sol que nasce a cada manhã”, diziam alguns dos versos.
Pela Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra XV) falou sua presidente, juíza Ana Paula Pellegrina Lockmann, enfatizando que a aposentadoria da juíza Irene deixará “um vazio que só o tempo poderá preencher”. Destacou ainda o caráter íntegro da magistrada e a vontade de fazer justiça. Encerrou citando Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
Representando o Ministério Público do Trabalho, o procurador Alex Duboc Garbellini enfatizou que a magistrada é uma das pessoas que aprendeu a admirar. “Leve o nosso carinho e a certeza de que vai fazer muita falta”, concluiu.
“Estarei sempre espiritualmente neste Tribunal”
Muito emocionada a juíza Irene disse estar chorando desde a última terça-feira, quando foi alvo de homenagem na Câmara que preside. “A emoção já me invadiu”, exclamou. Ao dizer que nem sabe ainda o que vai fazer após a aposentadoria, ela enfatizou que levará boas lembranças de inúmeros fatos que marcaram seus 34 anos de magistratura. “Chegou um novo tempo em meu tempo”, anunciou.
A juíza Irene deixou por último o agradecimento aos servidores de seu gabinete, os quais citou nominalmente. “Fui abençoada por Deus e a Ele rendo graças”... “estarei sempre espiritualmente neste Tribunal e sempre peço a Deus por todos vocês.”
Ao encerrar a homenagem, o presidente do TRT, juiz Luiz Carlos de Araújo, disse: “Só podemos agradecer por tudo o que a senhora fez por esse Tribunal e pelos jurisdicionados.”
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