Após dois dias de intensa programação, o XIII Congresso Brasileiro de Direito do Trabalho Rural foi encerrado oficialmente na tarde desta sexta-feira (26/10) pelo juiz Luiz Carlos de Araújo, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, promotor do evento. O congresso reuniu no teatro da Fundação Educacional de Barretos, município da região norte do Estado de São Paulo, quase 700 pessoas interessadas em conhecer a opinião de juristas, magistrados, economistas, sociólogos e outros especialistas e em debater as mais importantes ou controversas questões relativas às relações trabalhistas no âmbito rural.

Presidindo a sessão de encerramento oficial do congresso, o juiz Luiz Carlos de Araújo convidou a compor a mesa de honra, ao lado do ministro Gelson de Azevedo, os magistrados Lorival Ferreira dos Santos, presidente da 5ª Turma do TRT da 15ª Região e da comissão organizadora do evento, e Fany Fajerstein, corregedora do Regional, o ministro do TST Horácio Raymundo de Senna Pires e o ministro aposentado desta Corte José Luciano de Castilho Pereira.

"Fizemos o papel das grandes universidades, que produzem e espalham conhecimento para a população em geral", afirmou o presidente do Tribunal em seu discurso, em que destacou o preparo intelectual dos quase vinte expositores que abrilhantaram o congresso e o modo acessível com que expuseram suas idéias.

Dirigindo-se aos empresários presentes, o magistrado pediu que não tomassem as críticas que lhes foram dirigidas nas exposições como ofensas, mas sim como convites à reflexão. Observou que o trabalho degradante não é "privilégio" do ambiente rural, mas afirmou que as conferências e palestras ali proferidas tiveram como objetivo problematizar aspectos incontestáveis da realidade do trabalho no meio rural paulista, uma realidade conhecida de todos e com a qual ele se defronta diariamente como presidente do Tribunal e de sua Seção de Dissídios Coletivos. Nesse sentido, disse que o objetivo do congresso foi mesmo chocar, denunciar, tendo em vista contribuir para a melhoria das condições do trabalho agrícola, para a mais efetiva inclusão social dos trabalhadores rurais e para a pacificação dos conflitos no campo.

Ao final, o presidente do TRT agradeceu os servidores, a Prefeitura de Barretos, os sindicatos e federações que apoiaram a iniciativa e a todos os expositores, pelo empenho e por sua parcela de contribuição a que o evento tivesse o êxito efetivamente alcançado.