Desembargador aposentado Antônio Miguel recebe novas homenagens

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No início da Sessão Administrativa realizada ontem (10/3) o Tribunal Pleno homenageou o desembargador federal do trabalho Antônio Miguel Pereira. O magistrado, que se aposentou em janeiro passado, exerceu a judicatura por 26 anos, entre a 2ª (São Paulo) e a 15ª Região da Justiça do Trabalho, e já havia sido alvo de homenagens em sua última sessão administrativa no Tribunal, em dezembro.

Ao abrir a sessão, o presidente do TRT da 15ª, desembargador federal do trabalho Luiz Carlos de Araújo, anunciou a homenagem e comemorou a participação do desembargador Antônio Miguel na semana da conciliação que será promovida pela 15ª, em maio próximo. Em seguida, o desembargador Carlos Roberto do Amaral Barros, da 9ª Câmara, entregou uma placa de agradecimento ao homenageado, em nome de seus colegas de Corte.

Uma das personalidades que falaram durante a sessão foi a presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra XV), juíza Ana Paula Pellegrina Lockmann. A magistrada destacou a conduta ética, o companheirismo e a solidariedade aos colegas como características marcantes do desembargador Antonio Miguel. Ela concluiu agradecendo ao magistrado que “muito ajudou a engrandecer a 15ª Região.”

Em seu discurso, a desembargadora Olga Aida Joaquim Gomieri, da 12ª Câmara, disse que a placa de prata “é o símbolo do nosso eterno agradecimento”. Manifestando orgulho, a magistrada recordou que ela e o homenageado tomaram posse no mesmo dia (10 de dezembro de 1981) na 2ª Região, juntamente com vários colegas que também viriam a destacar-se na Magistratura. Reforçando inúmeras palavras de apreço a seu colega, a desembargadora declamou o poema “Mãos Dadas”, de Carlos Drummond de Andrade, que em certo ponto diz: “O presente é tão grande, não nos afastemos./Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.”

Também fez uso da palavra o procurador Alex Duboc Garbellini, do Ministério Público do Trabalho da 15ª Região, que enalteceu a capacidade de trabalho do desembargador Antônio Miguel e a amabilidade com que o magistrado sempre tratou as partes e os advogados. “A Justiça do Trabalho lhe deve muito; o senhor vai fazer muita falta”, concluiu.

Em seu agradecimento, o desembargador Antônio Miguel destacou que a aposentadoria não é a cessação, nem o fim da atividade; é a transferência dela. “A aposentadoria me livra de algumas atribuições que eu tinha nesta Corte, mas não de todas.” Ele agradeceu o companheirismo de seus colegas ao longo dos anos e o apoio de sua família. “Os amigos que aqui fiz continuam sendo meus amigos. Recebo esta homenagem com humildade e com o compromisso de continuar servindo à Justiça do Trabalho.” O magistrado encerrou lembrando o poeta Fernando Pessoa, sentenciando: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.

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