Desembargadores aposentados recebem toga e placa em Sessão Solene
Os desembargadores Luiz Carlos de Araújo, ex-presidente da Corte, e Paulo de Tarso Salomão, ex-integrante da 4ª Câmara do Tribunal, que se aposentaram, respectivamente, em 19 de junho e em 20 de julho deste ano, foram homenageados nesta quinta-feira (15/10), na sede do TRT, em Campinas. A solenidade, que aconteceu no Plenário da Corte, em Sessão Solene, foi conduzida pelo presidente do Regional, desembargador Luís Carlos Cândido Martins Sotero da Silva, e teve como um dos convidados o desembargador aposentado Pedro Benjamin Vieira, ex-presidente dos TRTs da 2ª (que engloba a região metropolitana da capital paulista e parte da Baixada Santista) e da 15ª Região.
Além do desembargador Sotero, compuseram a mesa de honra dos trabalhos o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra XV), juiz Flávio Landi; o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho na 15ª Região, Alex Duboc Garbellini; e o advogado Valdison Borges dos Santos, representando a Presidência da Subseção de Campinas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Também estiveram presentes o vice-presidente administrativo do TRT e o corregedor regional da 15ª, desembargadores Luiz Antonio Lazarim e Flavio Allegretti de Campos Cooper, respectivamente, além de vários de seus colegas de Corte. O evento foi prestigiado ainda por magistrados de 1º grau, servidores, advogados, estudantes e familiares dos homenageados, entre outros.
Após a abertura da Sessão, o desembargador Gerson Lacerda Pistori, da 9ª Câmara do TRT, declamou versos de sua autoria, contando de maneira bem humorada a trajetória dos dois colegas agora aposentados. Em seguida, os desembargadores Sotero e Eurico Cruz Neto, ex-presidente do Tribunal e que atualmente compõe a 12ª Câmara do Tribunal, entregaram a cada um dos homenageados, como lembrança, a toga usada por eles em suas atividades judiciais e uma placa em agradecimento pelos serviços prestados ao Regional. “Ambos são verdadeiros exemplos de denodo e dedicação à causa da justiça laboral”, destacou o juiz Flávio Landi, após também entregar lembranças aos magistrados em nome da Amatra XV. “Toda vez que um magistrado se aposenta, imagino o número de casos que passaram pelas suas mãos”, ressaltou Landi.
Em seu agradecimento, o desembargador Paulo de Tarso Salomão manifestou que o momento lhe trazia recordações de muito trabalho, mas de muita alegria. “Quando entrei para a Magistratura, casei-me de novo. Nesses 23 anos não fiz outra coisa, além de ser magistrado.” Já o desembargador Luiz Carlos de Araújo manifestou sua profissão de fé no Judiciário Trabalhista. “Na minha concepção, a Justiça do Trabalho é a mais importante de todas. É onde se discute o prato de comida das pessoas.” Encerrando seu breve discurso, o ex-presidente enfatizou que foi feliz “nessa jornada de 16 anos”.
Concluindo a solenidade, o desembargador Sotero comentou a emoção que marcava o momento e desejou que seus colegas aproveitem a aposentadoria “para a restauração de forças e um descanso merecido por tudo que fizeram pelo TRT da 15ª Região”. Após o evento, foi realizado um coquetel alusivo à ocasião, no Fórum Trabalhista de Campinas.
Carreiras que marcaram o TRT
Nascido em Barretos (SP) e formado pela Faculdade de Direito do Vale do Paraíba, Luiz Carlos de Araújo foi advogado trabalhista por 23 anos, inclusive a serviço do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André (SP), antes de ingressar na Magistratura. Nomeado para o TRT em maio de 1993, pelo quinto constitucional, presidiu a 3ª Turma da Corte por três biênios consecutivos. De março a junho de 2002, atuou em Brasília como magistrado convocado no Tribunal Superior do Trabalho (TST), do qual recebeu a comenda da Ordem do Mérito Judiciário, no grau de Comendador, sendo promovido ao grau de Grande Oficial seis anos depois. Vice-presidente do TRT da 15ª no biênio 2002/2004, foi eleito por seu pares para presidir a Corte de dezembro de 2006 a dezembro de 2008.
Paulista de São João da Boa Vista, o desembargador Paulo de Tarso Salomão exerceu a carreira jurídica por 42 anos, 23 deles como magistrado. Antes de ser promovido para o Tribunal, presidiu as antigas Juntas de Conciliação e Julgamento (JCJs), atuais Varas Trabalhistas, de Jaú e de sua terra natal.
Por José Francisco Turco
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