Magistrados conhecem de perto a realidade do agronegócio

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Quinze juízes do trabalho substitutos fizeram ontem (1º/6) uma visita técnica à Usina Costa Pinto, do Grupo Cosan, em Piracicaba, acompanhados do vice-presidente administrativo do TRT, desembargador Luiz Antonio Lazarim. Essa foi uma das atividades que abriram a 1ª Semana Temática, que a Escola da Magistratura da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Ematra XV) realiza até 5 de junho, como parte da formação necessária ao vitaliciamento dos magistrados. Também na segunda-feira, outro grupo, composto por 14 juízes, esteve na Refinaria de Paulínia (Replan), maior unidade de refino de petróleo no País. Lá estiveram na companhia dos desembargadores Luís Carlos Cândido Martins Sotero da Silva, presidente do TRT, e Lorival Ferreira dos Santos, diretor da Ematra.

À Usina Costa Pinto foram também o juiz auxiliar da Vice-Presidência Administrativa, Claudinei Sapata Marques, e a assessora do vice-presidente administrativo Maria Helena Tonon. Ali a comitiva foi recebida pelo gestor jurídico trabalhista do Grupo Cosan, José Israel Prata, além de outros executivos. Após a apresentação de um vídeo sobre a organização, o grupo seguiu para o campo, onde presenciou as várias etapas da produção, desde o corte da cana até a industrialização de seus derivados. Fundada em 1936, a usina Costa Pinto tem capacidade para produzir diariamente 41.500 sacas de açúcar e 1.250 metros cúbicos de etanol.

Um dos pontos altos dos trabalhos foi o contato dos magistrados com o corte manual e mecanizado da cana. Na oportunidade, puderam conversar com os trabalhadores, conhecendo as principais características da profissão. Na fase industrial visitaram a unidade de controle das caldeiras das três moendas e acompanharam todas as etapas da produção do açúcar e do álcool.

Para o desembargador Lazarim, "a visita permite ao magistrado conhecer a realidade de fato dos trabalhadores rurais e das usinas de açúcar e álcool, facilitando a condução nas audiências de instrução das reclamações trabalhistas, nas quais são produzidas as provas que embasam os julgamentos a serem proferidos pelos juízes". Por sua vez, a juíza Rosana Nubiato Leão, um dos magistrados substitutos que participaram da visita, acredita que esse tipo de atividade torna mais efetivos as audiências de instrução e os julgamentos de processos que envolvam o trabalhador rural de usinas, incluindo os terceirizados. "Conheci de perto o dia a dia desses trabalhadores, seus costumes, seus instrumentos de trabalho. Isso facilita a compreensão e a visualização das circunstâncias narradas pelas partes."

Por José Francisco Turco

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Comunicação Social