Negociação com grevistas das autoescolas de Limeira prossegue na segunda
Questionamentos dos empregadores acerca da aplicação a seus funcionários de convenção coletiva de trabalho a qual alegam não estarem obrigados a cumprir frustraram a primeira tentativa de pôr fim à greve deflagrada em 6 de abril pelos empregados de autoescolas, centros de formação de condutores, despachantes e empresas de transporte escolar e afins de Limeira. A iniciativa de acordo foi buscada em audiência de conciliação e instrução realizada ontem (22/4), na Sala de Dissídios Coletivos do TRT da 15ª, em Campinas. As 13 empresas que suscitaram o dissídio coletivo de greve concordaram, no entanto, em manter negociação direta com os trabalhadores. Ficou marcada nova audiência conciliatória para a próxima segunda-feira, 27, às 15 h, novamente na sede do Tribunal.
Os pedidos dos grevistas se baseiam na convenção coletiva 2008-2009 firmada com o Sindicato das Autoescolas e Centros de Formação de Condutores de Campinas e Cidades Anexas (Sindautocamp), mas as empresas suscitantes alegam que esse sindicato, além de não ter registro, também não possui base territorial na cidade de Limeira.
Na audiência de ontem, presidida pelo desembargador Luiz Antonio Lazarim, os grevistas apresentaram uma proposta provisória de acordo, prevendo o retorno imediato ao trabalho. Entre outros pontos, o sindicato da categoria propõe a fixação do piso salarial de R$ 1.100,00, a manutenção do pagamento de cesta básica de R$ 42,00 até julho de 2009 e, a partir de então, a distribuição de vale-refeição no valor de R$ 132,00, além da manutenção do convênio médico firmado, o qual é parcialmente subsidiado pelos empregados. (Processo nº 00637-2009-000-15-00-0)
Por Patrícia Sousa
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