Palestra sobre o acordo ortográfico é o primeiro evento da Ematra em 2009
Cerca de 180 pessoas, entre magistrados, servidores e estagiários, lotaram o Plenário do TRT da 15ª Região, no edifício-sede da Corte, em Campinas, para acompanhar na tarde desta quinta-feira (12/2) a palestra "Novo Acordo Ortográfico", proferida pela professora Maria Helena Cruz Pistori. Outras 15 pessoas assistiram à exposição do auditório conhecido como "Pleninho", ao lado do Plenário, e aproximadamente 350 acompanharam a transmissão simultânea pela Internet.
Foi o primeiro evento promovido pela Escola da Magistratura da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Ematra XV) em 2009. Coube ao coordenador da Escola, desembargador federal do trabalho Fernando da Silva Borges, apresentar a palestrante ao público. Autora de livros como Argumentação Jurídica - da Antiga Retórica a Nossos Dias (2001) e Português para Concursos - Área Jurídica (2003), lançados pela LTR, Maria Helena é formada em Letras e Pedagogia, com mestrado em Educação pela Universidade São Francisco, de Bragança Paulista, e doutorado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente ministra cursos de Português voltados à área jurídica.
A professora traçou uma evolução histórica dos acordos ortográficos da Língua Portuguesa, antes de lecionar a respeito das mudanças que entraram em vigor em 1º de janeiro deste ano. Ela criticou a falta de rigor científico com que o novo acordo foi elaborado, sobretudo no que diz respeito ao hífen. O texto do acordo não esclarece a grafia de uma série de palavras, porque, entre outras coisas, disciplina o emprego do famigerado tracinho a partir de uma definição muito vaga. Segundo o texto, devem ser aglutinadas, sem hífen, as palavras compostas quando “se perdeu, em certa medida, a noção de composição”. A polêmica ainda vai demandar a manifestação da Academia Brasileira de Letras, a quem caberá dar a palavra final sobre o assunto quando atualizar o seu Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
- 1 visualização