TRT adota medidas para proteger grávidas da gripe Influenza A
Tendo em vista a identificação, pelas autoridades nacionais de saúde, das mulheres grávidas como as principais vítimas da gripe suína, a Presidência do TRT, seguindo orientação da Diretoria de Saúde do Tribunal, publicou ontem (13/8) um comunicado recomendando que as servidoras, funcionárias terceirizadas e estagiárias grávidas do Regional abstenham-se dos serviços de atendimento ao público e passem a desempenhar apenas tarefas internas, a serem designadas por seus superiores hierárquicos.
A recomendação vem ao encontro de uma série de medidas preventivas prescritas ou adotadas por autoridades federais e estaduais visando conter ou minimizar as consequências da epidemia da chamada gripe A (H1N1). Na semana passada, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, recomendou que as gestantes evitem frequentar locais fechados e com aglomeração de pessoas, por causa da facilidade de transmissão do vírus. Nesta terça-feira, 11, o governo de São Paulo determinou a retirada das servidoras grávidas dos serviços de atendimento e sua acomodação em serviços administrativos internos, visando restringir o contato das gestantes com o público. Segundo o governador José Serra, a medida, obrigatória para toda a Administração do estado, vale também como recomendação para o setor privado.
Infectologistas não sabem ao certo por que as grávidas são mais suscetíveis à gripe. O que se sabe é que, durante a gravidez, a imunidade da mulher fica mais baixa, o que aumenta o risco de desenvolverem sintomas mais graves e mesmo algumas complicações, como pneumonia e desidratação, que podem inclusive causar problemas para o bebê.
Segundo boletim divulgado nesta quarta, 12, pelo Ministério da Saúde, das 192 mortes decorrentes da gripe ocorridas até então no País, 55,2% das vítimas apresentavam algum dos principais fatores de risco para desenvolver formas graves da doença. Além da gestação, estes fatores incluem idade inferior a 2 anos, debilitação do sistema imunológico, hipertensão arterial, diabetes e doenças cardíacas, metabólicas e respiratórias. Entre os 1.348 casos da doença que evoluíram para cura, 793 (58,8%) não apresentavam fator de risco.
Por Patrícia Campos de Sousa
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