TRT lança selo “Guarda Permanente” para processos e documentos históricos

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Dezenas de pessoas acompanharam na manhã de hoje (17/9), no Centro de Memória, Arquivo e Cultura (CMAC) do TRT, o lançamento do selo “Guarda Permanente”, que distinguirá os processos e documentos do Tribunal considerados de interesse histórico. A aposição do selo visa facilitar os trabalhos de triagem dos feitos e documentos quando da sua destinação final.

Entre as personalidades presentes à cerimônia estavam os desembargadores Luís Carlos Cândido Martins Sotero da Silva, presidente da Corte; Luiz Antonio Lazarim, vice-presidente administrativo, e Eduardo Benedito de Oliveira Zanella, vice-presidente judicial, que preside a Comissão de Preservação da Memória da Justiça do Trabalho da 15ª. Também compareceram os demais integrantes da Comissão, os desembargadores José Pitas, Gisela Rodrigues Magalhães de Araújo e Moraes, Tereza Aparecida Asta Gemignani e Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla, além de seus colegas de Corte Laurival Ribeiro da Silva Filho, Renato Buratto, Manuel Soares Ferreira Carradita, Elency Pereira Neves, Edmundo Fraga Lopes e Samuel Hugo Lima. A solenidade foi acompanhada ainda pelos juízes Edison dos Santos Pelegrini, Claudinei Sapata Marques e José Otávio de Souza Ferreira, que são, respectivamente, os magistrados auxiliares da Presidência, da Vice-Presidência Administrativa e da Vice-Presidência Judicial do TRT, assim como por outros juízes de 1º grau, pelo secretário-geral da Presidência do Tribunal, Nivaldo Dóro Júnior, pela diretora da Secretaria Judiciária da Corte, Regina Celia Ramires Chiminazzo, e pelo representante do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Samuel Sousa, entre outros convidados.

O fotógrafo Gilberto de Biasi, 78, autografa painel confeccionado a partir de foto feita por ele em 1951

Um dos pontos altos do evento foi a assinatura, pelos desembargadores Sotero e Zanella, do Ato que regulamenta o uso do selo. Em seguida, o presidente do Tribunal assinou despachos distinguindo três processos da 15ª Região como de interesse histórico para a Justiça do Trabalho. Entre eles, estão os autos do dissídio coletivo ajuizado em fevereiro deste ano, de repercussão internacional, que tem como uma das partes a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer).

"Trabalho Marcante"

Para o desembargador Zanella, o selo representa um importante passo para tornar o CMAC um dos principais centros de preservação da história do Judiciário no País. Ele ressaltou a recente inclusão do Centro de Memória no roteiro cultural do Município de Campinas, proporcionando a participação do espaço na Virada Cultural da cidade, no último fim de semana. O magistrado cumprimentou os servidores do CMAC pela dedicação e também os membros da Comissão de Preservação da Memória pelo apoio irrestrito.

Em seguida, foi prestada homenagem ao fotógrafo Gilberto de Biasi, que, aos 78 anos, compareceu à solenidade para autografar dois painéis confeccionados a partir de fotos feitas por ele em 1951 e que retratam o centro de Campinas. As obras fazem parte da exposição permanente do CMAC.

O desembargador Sotero, por sua vez, ressaltou o ambiente agradável e acolhedor que marcava a cerimônia. Na visão do presidente, o Centro de Memória, embora com poucos anos de existência, já desenvolve um trabalho marcante. O magistrado considerou como sendo de fundamental importância as atividades de recolher, resgatar e, principalmente, garantir a todos o acesso ao material histórico. "Vamos manter esse acervo para a posteridade, para que todos possam conhecer a gênese do nosso Tribunal", conclamou o magistrado.

Retrato dos cenários socioculturais

Conforme esclarece a historiadora Thaís Helena dos Santos, que integra a equipe do Centro, "os documentos produzidos pelo Tribunal vão muito além de dirimir litígios e registrar atos administrativos: retratam cenários socioculturais e políticos do País e do mundo. Crises econômicas, efervescências sociais, posturas doutrinárias e jurisprudenciais são facilmente identificadas nas diversas lides trabalhistas que se encontram sob nossa guarda. Constituem, portanto, inesgotável fonte de pesquisa para historiadores, juristas e outros estudiosos das áreas de humanidades e ciências estatísticas".

Por José Francisco Turco

 

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