Por Luiz Manoel Guimarães, Pedro Garcia e Fernanda Rodriguez

O 10º Congresso Nacional de Direito do Trabalho e Processual do Trabalho do TRT da 15ª Região, realizado nos dias 30 de junho e 1º julho deste ano, foi pela terceira vez consecutiva “guardado” pelas seis colunas romanas do Theatro Municipal de Paulínia. Foi praticamente consenso entre os participantes o alto nível de organização do Congresso. Para o advogado José Roberto Sodero Victório, um veterano do evento, a preocupação em buscar temas que tratam da dignidade da pessoa humana e a tentativa de estabelecer o debate em torno do assunto, procurando tratar a matéria no âmbito constitucional, foi um dos pontos fortes do encontro. Corrobora com ele o estudante de Direito da Universidade Paulista (Unip) Carlos Jordão Monteiro, que ressaltou a importância do evento, como um meio de os profissionais da área tomarem conhecimento da opinião de desembargadores, ministros e outros especialistas a respeito de temas sobre os quais, no entendimento do estudante, muitas pessoas ligadas ao universo do Direito Trabalhista têm dúvidas.

Muitos elogios recebeu também o espaço onde o Congresso foi realizado. Construído em cinco pavimentos, incluindo o subsolo, com cerca de 1.300 cadeiras – divididas entre plateia, 20 camarotes e mezanino –, o Theatro Municipal de Paulínia conseguiu acomodar confortavelmente todos os congressistas.

A organização se preocupou inclusive com os intervalos. Num deles, por exemplo, foi exibido um trecho do clássico “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin, arrancando muitas gargalhadas do público. Noutros, foram sorteados livros e outros brindes para os participantes do encontro. No foyer do Theatro, o Banco do Brasil e a Caixa, os dois principais patrocinadores do Congresso, capricharam na recepção aos participantes. A Caixa manteve um estande que incluía café expresso acompanhado de algumas guloseimas. Já o BB instalou máquinas que proporcionavam desde o expresso até versões mais sofisticadas da bebida que nasceu na Etiópia e conquistou o mundo. Diversas combinações, com licores, chantilly ou leite condensado, foram disputadas ao longo de todo o Congresso. Nos dois lados, a fila foi inevitável, mas a espera era compensada não só pela qualidade dos “agrados” oferecidos gratuitamente, como também pela simpatia das atendentes.

Fechando bem o dia

Os dois dias do Congresso contaram com atrações também em seu encerramento. No primeiro, o Coral do TRT da 15ª Região, sob a regência do maestro Nelson Silva, apresentou algumas das músicas mais pedidas de seu repertório: “Maria, Maria” e “Bola de meia, bola de gude”, de Milton Nascimento, “Eu só quero um xodó”, de Gilberto Gil, “Chalana”, de Mário Zan, e “A volta do malandro”, de Chico Buarque. Segundo a juíza Rita de Cássia Scagliusi do Carmo, titular da 8ª Vara do Trabalho de Campinas e diretora do Fórum Trabalhista da cidade, e também um dos componentes do coral, o grupo foi criado em 1996, idealizado pelo então vice-presidente da Corte, desembargador Eurico Cruz Neto, que, como músico, “sempre procurou trazer para o TRT atividades culturais”, observou Rita.

A conclusão do segundo e último dia não ficou por menos. Ao finalizar a conferência de encerramento, o ministro Gilson Dipp, corregedor nacional de justiça, parabenizou a organização do Congresso e lembrou a importância do TRT-15 para a Região Sudeste, destacando que o Tribunal é, por exemplo, entre todos os 24 regionais trabalhistas do País, o que mais aciona o sistema denominado Infojud, pelo qual os magistrados podem acessar on-line o banco de dados da Receita Federal, incluindo os cadastros de pessoas físicas e jurídicas, declarações de Imposto de Renda, de Imposto Territorial Rural (ITR) e de Operações Imobiliárias (DOI). Por sua vez, o presidente do TRT da 15ª, desembargador Luís Carlos Cândido Martins Sotero da Silva, ressaltou mais uma vez, no discurso que encerrou oficialmente o Congresso, a grandiosidade do evento. Saindo um pouco do protocolo, Sotero agradeceu nominalmente, um a um, a todas as pessoas do staff do Tribunal que atuaram na organização do encontro.

Após o encerramento oficial, um grupo de artistas da Secretaria de Cultura de Paulínia realizou uma apresentação, num espetáculo que misturou dança e música. Por fim, mas não menos importante, foi servido no foyer do Theatro um coquetel para o congraçamento dos congressitas. Entre os “mimos” gastronômicos servidos, destaque para o “escondidinho” de camarão, que provocou vários elogios.