Dirigentes do TRT participam de curso sobre comunicação e relacionamento com a mídia, em Brasília

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Desembargadores Renato Buratto, Lorival Ferreira dos Santos e Luiz Antonio Lazarim, presidente, vice-presidente judicial e corregedor regional da 15ª, respectivamente, acompanharam palestras de profissionais do calibre da jornalista Cristiana Lôbo, comentarista de política da Globo News

Por Carmem Feijó/Enamat

O ritmo e a linguagem são as principais dificuldades encontradas pelos jornalistas na cobertura das atividades do Judiciário. A avaliação é da jornalista Cristiana Lôbo, que fez a palestra de abertura do 2º Curso de Formação Continuada em Administração de Tribunais do Trabalho – Comunicação e Relacionamento com a Mídia. O curso, realizado na segunda-feira (6) pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), reuniu 42 desembargadores, ocupantes de cargos de direção dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho do País.

Cristiana, com mais de 25 anos de experiência em jornalismo político, observou que o Judiciário hoje faz parte da vida do cidadão, daí o interesse crescente em suas decisões. Acontece, porém, que a Justiça tem um “tempo” diferente do dos jornais, revistas e, sobretudo, da mídia online, cuja demanda por informação é muito mais imediata. “Nesse aspecto, juízes e jornalistas terão sempre um embate, mas, na verdade, o trabalho dos dois é voltado para o interesse público”, afirmou. O confronto, portanto, é bastante pontual e tem a ver com a cultura própria de cada atividade.

O outro ponto ressaltado pela jornalista é a dificuldade que os jornalistas – e a sociedade em geral – têm de entender a linguagem específica dos trâmites e decisões judiciais. “Aqui, o membro do Judiciário pode facilitar as coisas ao explicar, de maneira simples, do que trata a decisão”, sugeriu.

A programação do curso teve por objetivo fornecer aos integrantes da administração de Tribunais Regionais informações e técnicas que facilitem o relacionamento de seus órgãos com os veículos de comunicação. Profissionais da área apresentaram, em diversos painéis, várias nuances da atividade de comunicação social, desde a necessidade de divulgar as decisões judiciais de maior interesse público à experiência prática de como agir diante das câmeras.

Esse foi o primeiro curso específico sobre Comunicação Social promovido pela Escola Nacional, embora o tema faça parte da programação de outros cursos para magistrados, como o Curso de Formação Inicial e o Curso de Formação em Gestão de Escolas Judiciais. A programação do curso tratou ainda de vários outros aspectos relativos à comunicação na Justiça do Trabalho, da comunicação institucional – que cuida da imagem da instituição perante a sociedade – às questões práticas do relacionamento com a Mídia, como técnicas e oficina de entrevista, passando pelo papel das assessorias de comunicação e a gestão de crises.

A proposta de realização de um curso específico sobre Comunicação Social partiu dos próprios administradores de TRTs, diante das especificidades do tema e da crescente necessidade de abertura do Judiciário para a sociedade. A programação básica foi aprovada em setembro pelo Colégio de Presidentes e Corregedores de TRTs e discutida com os profissionais de comunicação no 1º Encontro Nacional de Comunicação da Justiça do Trabalho.

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Comunicação Social