TRT cria Espaço de Apoio à Amamentação
Por Ademar Lopes Junior
O projeto é antigo, mas só em março deste ano o Espaço de Apoio à Amamentação ficou disponível para as magistradas, servidoras e funcionárias terceirizadas do TRT da 15ª Região. Idealizado pela médica pediatra Stella Maria Siqueira Martins, da Diretoria de Saúde do Tribunal, o espaço se destina às mães que voltaram ao trabalho após a licença-maternidade mas que ainda estão amamentando.
Ao contrário do que o nome pode sugerir, o Espaço de Apoio à Amamentação não é sinônimo de banco de leite nem se destina a mães que queiram amamentar seu filho no trabalho, mas sim para a coleta e a conservação do leite a ser dado ao bebê na ausência da mãe. Devido à sua localização, dentro da Diretoria de Saúde, no sexto andar da Sede Administrativa, “o espaço pode até ser eventualmente usado como uma sala de amamentação, mas o objetivo não é este”, afirma Stella Martins.
Em sintonia com a tendência moderna nas empresas privadas, o Espaço de Apoio à Amamentação do TRT da 15ª é mais que a proteção e o reconhecimento de um direito do bebê e de sua mãe. Representa um avanço no sentido de dar às magistradas, servidoras e funcionárias terceirizadas que necessitem amamentar o tratamento humano e acolhedor indispensável nesta fase da vida da mulher.
Para a idealizadora e organizadora do projeto, existem inúmeras vantagens a serem consideradas. A prática da coleta e conservação do leite materno, além de ser simples, rápida e barata, proporciona à mãe continuar amamentando seu filho por mais tempo após a volta ao trabalho, evitando o desmame precoce e o risco de doenças do bebê por causa do uso de leite “estranho” na sua alimentação.
O projeto ficou em estudo desde 1995, quando a Dra. Stella Martins iniciou um trabalho diário com grupos de gestantes, com duração de sete ou oito encontros semanais. Nesse trabalho, eram abordados vários assuntos importantes ligados à maternidade, inclusive orientação e preparo para o aleitamento materno.
O espaço
A sala é simples e pequena, e não precisa de muita coisa para cumprir seu objetivo. De acordo com Stella Martins, o mais caro no projeto é o freezer, do tipo doméstico mesmo, que serve para congelar adequadamente o leite coletado pela própria mãe, em recipientes particulares, etiquetados para identificação e manipulados e higienizados por ela mesma, mas sob orientação médica.
O leite congelado poderá ser utilizado até 15 dias após a coleta, mas, se mantido em geladeira, o prazo para consumo cai para 24 horas. Além do eletrodoméstico, a sala tem uma pia, para higiene, e uma poltrona confortável. A privacidade é inteiramente garantida à usuária, que pode dispensar ajuda profissional de médicos e enfermeiros, pela simplicidade do procedimento. O tempo para a coleta do leite não passa de 15 minutos.
A médica Stella Martins afirmou que existe a proposta de instalar espaços similares no Fórum Trabalhista de Campinas e nos postos avançados da Diretoria de Saúde do TRT, em Araçatuba, Bauru, São José dos Campos e São José do Rio Preto.
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