VIII Seminário Internacional de Gestão Judicial debate o futuro do Judiciário nas Américas
Evento contou com a participação do presidente do TRT da 15ª Região, desembargador Luís Carlos Cândido Martins Sotero da Silva
Da Agência de Notícias do CNJ
Foi concluído na tarde desta terça-feira (30/11) em Brasília o VIII Seminário Internacional de Gestão Judicial, em que foram discutidas e apresentadas diversas ações que estão proporcionado maior eficiência no dia a dia do Judiciário de vários países. O encontro, realizado no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, contou com a participação do presidente do TRT da 15ª Região, desembargador Luís Carlos Cândido Martins Sotero da Silva.
Ao abrir o Seminário no domingo (28), o vice-presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Ayres Britto, destacou que o encontro permite discutir as melhores práticas jurídicas para o aprimoramento da prestação jurisdicional no continente americano. “É uma oportunidade de integração entre o Judiciário nas Américas”, disse. O seminário, que reuniu 82 representantes das cortes supremas de 15 países, é uma iniciativa do CNJ e do Centro de Estudos de Justiça das América (CEJA).
Também durante a abertura do evento, a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, lembrou aos quase 500 participantes que o Brasil inaugurou uma nova forma de gestão com a criação do CNJ há cinco anos. “Nosso Judiciário é complexo, são 91 tribunais e cerca de 16 mil magistrados, por isso precisamos de uma gestão judicial eficiente”, ressaltou a corregedora.
O diretor executivo do Centro de Estudos de Justiça das Américas (CEJA), Cristian Riego, disse que “o Judiciário brasileiro é um exemplo para todas as Cortes Supremas, pelos seus avanços, inovações e boas praticas jurídicas”.
Já na segunda-feira (29), representantes do Brasil, Espanha e Costa Rica destacaram a importância do planejamento estratégico e tecnológico nas Cortes das Américas. O conselheiro do CNJ ministro Ives Gandra Martins Filho relatou que conseguiu reduzir significativamente o número de processos em seu gabinete no Tribunal Superior do Trabalho (TST), após definir estratégias de ação para a equipe. Gandra, que é ministro do TST desde 1999, relatou que, ao assumir suas funções, havia um estoque de mais de 10 mil processos pendentes de julgamento. Ao longo dos últimos 11 anos – depois de definir um plano estratégico de atuação para seu gabinete – foram julgados 165 mil processos, e hoje o estoque de ações pendentes não passa de quatrocentas.
Ainda no dia 29, o presidente da Suprema Corte de Justiça da Costa Rica, Luis Paulino Mora, e o diretor-geral de modernização de justiça do Ministério da Justiça da Espanha, José de la Mata, proferiram palestra no Seminário. Os participantes falaram sobre as práticas adotadas no Judiciário de seus países e destacaram a importância do planejamento estratégico e tecnológico para o aprimoramento dos serviços.
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