Por Ademar Lopes Junior

Cerca de sessenta universitários do 3º ao 5º ano do curso de Direito visitaram o edifício-sede do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região na tarde desta quarta-feira, 24/8. Foram 35 alunos da Faculdade de Direito do Vale do Paraíba (Fundação Valeparaibana de Ensino – Univap) e 25 da Faculdade de Direito de Itu (Faditu). Além dos estudantes, dois professores de cada instituição também estiveram presentes.

A visita teve início às 12h30, com a foto de todo o grupo em frente ao Tribunal, e, em seguida, os estudantes receberam material informativo elaborado pela Escola Judicial e foram recepcionados no Plenário Ministro Coqueijo Costa pelo juiz auxiliar da Presidência e pelo secretário-geral da Presidência, respectivamente Edison dos Santos Pelegrini e Paulo Eduardo de Almeida. O secretário-geral fez um breve histórico do TRT da 15ª, desde o seu desmembramento da 2ª Região em 1986 até os dias de hoje, e o juiz Pelegrini abordou, em linhas gerais, o funcionamento do TRT.

O desembargador Flavio Allegretti de Campos Cooper (dir.), que lecionou na Univap, em São José dos Campos, esclareceu várias dúvidas dos estudantes, num encontro na Escola Judicial do TRT

 
O subsecretário do Tribunal Pleno, Márcio das Virgens Caiado, fez uma breve apresentação sobre o funcionamento das seções especializadas da Corte, especialmente a 3ª Seção de Dissídios Individuais (SDI), que julga as ações rescisórias. Os estudantes acompanharam, das 14 às 15h30, os trabalhos da 3ª SDI, presidida pelo vice-presidente administrativo do Regional, desembargador Nildemar da Silva Ramos.

Após o coffee break às 16 horas, no saguão da Escola Judicial, localizada no terceiro andar do prédio, alunos e professores tiveram um encontro com o desembargador Flavio Allegretti de Campos Cooper. O desembargador Cooper fez questão de receber os visitantes, de responder a várias perguntas, e lembrou os tempos em que foi professor na Univap, quando era juiz de 1ª instância em São José dos Campos.

No gabinete da Presidência do Regional, o presidente da Corte, desembargador Renato Buratto, falou de sua satisfação em receber os estudantes de Direito

Pouco antes do fim da visita, os estudantes de Direito foram recebidos pelo presidente do Tribunal, desembargador Renato Buratto, em seu gabinete. O presidente disse que se sente muito “envaidecido” com as visitas dos estudantes ao Tribunal, salientando a importância desse contato para os futuros operadores do Direito.

 
Sobre impressões e futuro

Márcia Duarte Spina, professora de Prática Forense da Univap, já veio diversas vezes em caravana com seus alunos ao Tribunal. Para ela, “é muito importante esse contato com a realidade, porque a maioria dos alunos infelizmente nunca viu uma audiência, e só conhecem a prática forense na teoria”. Além do TRT, a professora disse que organiza todos os anos visitas também ao Tribunal de Justiça de São Paulo.  

 Para a aluna do último ano da Univap, Andrea Rodrigues da Cunha Fontoura, a visita fortaleceu ainda mais sua vontade de seguir a carreira jurídica. Ela, que no início do curso se incomodava com as tentativas de acordo em audiências, hoje diz que ampliou sua visão a respeito e que quer mesmo é seguir a Magistratura. Andrea ressaltou que só agora, no final do curso, é que “entendeu melhor como funciona a Justiça do Trabalho”.

O desembargador Buratto (centro )dialogou com os professores sobre as perspectivas que a Justiça do Trabalho oferece, profissionalmente, aos operadores do Direito

Já o aluno do último ano de Direito da Univap, Paulo César da Silva Ribeiro, admitiu que a Justiça do Trabalho não está nos seus planos. Ele já faz estágio na Defensoria Pública e pretende seguir carreira na Magistratura Federal. Mesmo assim, gostou da visita e elogiou a recepção preparada para os estudantes. Ele ressaltou ainda que “visitas como essas ajudam a conciliar teoria e prática”.

O aluno Sérgio Antônio Ricci está no quarto ano na Faculdade de Direito de Itu. Atualmente, é funcionário na Caixa Econômica Federal e, daqui a dois anos, estará aposentado. Pensando em seu futuro, decidiu fazer Direito para advogar e mudar seu destino. Ele gosta do Direito do Trabalho e pretende seguir nesse caminho. A visita também deixou marcas no aluno que sonha em advogar quando estiver aposentado. Para ele, a impressão foi muito boa, especialmente pela recepção da Escola Judicial e pelas instalações modernas do prédio, mas também pelo contato com os magistrados.