Campanha no TRT detecta quase 25% dos participantes com alteração na pressão arterial

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Por Ademar Lopes Junior


Nos quatro dias da Campanha de Prevenção e Controle da Hipertensão Arterial, realizada pela Diretoria de Saúde do TRT da 15ª, 575 pessoas, entre desembargadores, juízes, servidores, funcionários terceirizados e estagiários, além de alguns poucos usuários da Justiça do Trabalho, se submeteram à medição da pressão arterial nos sete postos onde ocorreu a campanha.


Em Campinas, a equipe da Diretoria de Saúde esteve um único dia no Fórum Trabalhista, onde se localizam as 12 Varas do Trabalho da cidade, além do Serviço de Distribuição dos Feitos e da Central de Mandados. Também concentrou a campanha no saguão de entrada do edifício-sede da Corte e, ainda, atendeu os interessados na Sede Administrativa. A campanha foi levada também aos Postos Avançados da Diretoria de Saúde em Araçatuba, Bauru, São José dos Campos e São José do Rio Preto.

A campanha foi encerrada, depois de quatro dias, com uma palestra, ministrada pelo médico Marcos Pereira Tavares Dorea, no Fórum Trabalhista de Campinas.

Primeiras impressões

Para Heloísa Helena Mazon Zakia, diretora de Saúde do TRT, “a campanha foi boa, mas poderia ter tido adesão um pouco maior”. Heloísa ressaltou que a adesão abaixo do esperado, para ela, reflete a perda do hábito dos interessados nessas campanhas preventivas, porém, destacou que o principal objetivo da campanha foi mesmo o “de alertar para a gravidade da hipertensão”.

Dos 575 participantes, as mulheres confirmam as estatísticas de que se preocupam mais com a saúde do que os homens. Elas somaram 337 (58,6%), contra 238 (41,4%) do público masculino. Os que mais participaram da campanha foram os servidores, somando 422 (73,3%). Em segundo lugar, os funcionários terceirizados, com 80 adesões (13,9%).

Grave e silenciosa


Considerada pelos médicos como uma doença grave e silenciosa, a hipertensão é uma doença crônica e costuma não impressionar as pessoas, até que estas passem por um “susto” ou uma aferição de pressão, numa campanha como a realizada no Regional. A diretora de Saúde lembrou que, “em geral, a maioria acaba descobrindo a hipertensão numa campanha mesmo, daí a importância desses trabalhos”.

A campanha também revelou que, num universo de 575 participantes, 89 (15,4%) são hipertensos e fazem uso de alguma medicação. Porém, 12 (2%) apresentaram os sintomas da doença mas não estão sendo medicados. De todos os 575 participantes, 140 (24,3%) apresentaram alguma alteração na pressão arterial. Desses, o maior número, 42 (30%), foi registrado no edifício-sede da Corte. Em segundo lugar, ficaram os participantes do Fórum Trabalhista de Campinas, com 36 (25,7%) casos de alteração.

A classe dos magistrados foi a que registrou, percentualmente, o maior número de pessoas que apresentaram alteração na pressão arterial: 36,8%. Já os servidores registraram 24,6%.

Mundo tem quase 1 bilhão de hipertensos


No mundo todo, há quase um bilhão de pessoas com hipertensão diagnosticada. É considerada alta a pressão arterial acima de 140 x 90 mmhg em pessoas com mais de 18 anos. A manutenção de níveis permanentemente elevados de pressão arterial caracteriza a hipertensão.

Um em cada quatro adultos no mundo sofre de pressão alta, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares.

Nos Estados Unidos, cerca de 73 milhões de pessoas apresentam pressão alta. No Brasil, a prevalência estimada de hipertensão é de 35% da população com mais de 40 anos. Isso significa 17 milhões de pessoas com a doença. Entre os brasileiros com mais de 60 anos, mais de 60% têm a doença. Nos próximos 20 anos, os casos de pressão alta podem atingir mais de 1 bilhão de pessoas. Se nada for feito, o mundo terá 1,56 bilhão de hipertensos em 2025.


A hipertensão arterial leva à morte de aproximadamente 40% dos pacientes. A sociedade brasileira de hipertensão estima que, no Brasil, 5% da população com até 18 anos seja hipertensa – são 3,5 milhões de crianças e adolescentes. A recomendação é que a medida da pressão arterial seja feita em toda consulta médica a partir dos três anos de idade. (Com informações da Sociedade Brasileira de Hipertensão)

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Comunicação Social