Dia Nacional de Combate ao Fumo: Diretoria de Saúde do TRT divulga campanha contra o tabagismo

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Por Ademar Lopes Junior

Começou nesta segunda-feira, 29/8, no TRT da 15ª, a campanha de combate ao tabagismo. Na data se comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo, e a Diretoria de Saúde do Tribunal está divulgando a cartilha Você está querendo parar de fumar?, produzida pelo Ministério da Saúde, com orientações e dicas para vencer essa luta.

A diretora de Saúde do TRT, Heloisa Helena Mazon Zakia, ressaltou que o objetivo principal da campanha não é tanto informar dos malefícios do tabagismo, mas dizer que “é possível parar de fumar”. Zakia salientou que “todo fumante sabe dos malefícios do cigarro”, por isso a campanha tem como foco convidar o fumante a dar o primeiro passo na tentativa de combater o vício. Zakia afirmou ainda que, além da campanha, “toda a equipe de saúde do TRT está permanentemente preparada para dar o apoio necessário a quem quiser tentar parar de fumar, inclusive com suporte medicamentoso”.

A campanha convida o leitor a “parar de fumar sem ter que virar sua vida de cabeça para baixo”. Nas oito páginas da cartilha, ilustradas com leveza e humor, as dicas, escritas num texto claro e direto, passam por perguntas do tipo “Mas será tão fácil assim?”, “O que acontece de bom se você parar?”, “Parar de fumar significa uma mudança radical em sua vida?” e “O que pode acontecer quando você deixa de fumar?”, e também com assertivas, como “Dando o primeiro passo para ser um não fumante” e “Prepare-se para não voltar a fumar e cuidado com as armadilhas!”. Na conclusão, um final feliz: “OK, você venceu!”.

A campanha em números


O Dia Nacional de Combate ao Fumo foi instituído no Brasil pela Lei Federal 7.488, de 11 de junho de 1986, com objetivo de conscientizar a população sobre os riscos do tabagismo. O dia 29 de agosto foi escolhido para se fazerem as campanhas visando informar, alertar, mas acima de tudo educar. Em outros países, a data é comemorada em 31 de maio, conhecido como o Dia Mundial sem Tabaco.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano cerca de 5 milhões de pessoas morrem em todo o mundo devido ao consumo de produtos derivados do tabaco, principal causa de muitas doenças pulmonares, como a bronquite crônica, o enfisema pulmonar e o câncer de pulmão. Está associado ainda a doenças cardiovasculares e a tumores em vários outros órgãos.

A questão é de saúde pública e vai muito além da permissividade ou do direito pessoal de usar ou não tabaco, a droga lícita presente em cigarros, charutos, kreteks (cigarro de cravo, originário da Indonésia), bidis (pequenos cigarros enrolados à mão, originários da Índia e de países do sudeste asiático) e narguilé (cachimbo de água utilizado para fumar, muito difundido nos países árabes).

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, no Brasil “cerca de 30% da população adulta é fumante. Além disso, estima-se que ocorram, a cada ano, 125 mil mortes no País por doenças associadas ao fumo”.

No mundo todo, o ritmo não é mais animador, e a estimativa é de que “nos próximos 30 a 40 anos, 10 milhões de mortes ocorram por ano em decorrência do tabagismo, sendo 70% delas em países em desenvolvimento”.

A nicotina, substância presente no cigarro, apesar de causar euforia (como as demais drogas) e de servir como estímulo à atenção e à memória, pode gerar confusão mental, ansiedade, insônia, nervosismo e depressão, além, é claro, da dependência.

O tabagismo atinge ainda até os não fumantes, e nesse universo as crianças são as que correm maior risco. Segundo a OMS, “elas representam 40% das vítimas passivas da droga” e “podem desenvolver graves problemas respiratórios, em especial a pneumonia, além de correrem o risco de ter seus pulmões lentificados”. Ainda de acordo com a OMS, “as crianças nascidas de mães fumantes podem apresentar atrasos no aprendizado durante o período de alfabetização”.

Saborosos, bonitos e perfumados: o perigo do marketing

Crianças e adolescentes estão na mira da indústria do tabaco, que registra investimentos cada vez maiores em marketing. Embalagens coloridas e designs elaborados servem de isca, e, para agradar ainda mais, aromas e sabores atraentes mascaram o gosto amargo de todos os produtos derivados do tabaco. Para disfarçar, açúcar, mel, cereja, tutti-frutti, menta, baunilha e chocolate, entre outros sabores. Se conseguem mascarar o gosto ruim do tabaco, e até a irritação e a tosse que sua fumaça provoca, são inúteis para disfarçar os danos à saúde.

A tática utilizada pela indústria facilita a primeira tragada e garante a dependência à nicotina. Vários estudos indicam que os adolescentes são mais vulneráveis a esses efeitos e têm maior probabilidade que os adultos de ficar dependentes do tabaco. Muitos dos aditivos, inclusive o açúcar, ao serem queimados durante o ato de fumar, se transformam em substâncias altamente tóxicas e cancerígenas.

Fontes:

Portal São Francisco: UFGNet; Soleis.

Vale News: http://www.valenews.com.br/geral/12511-apos-25-anos-do-dia-nacional-de-combate-ao-fumo-tabagismo-ainda-e-alarmante.html.

Ministério da Saúde: Inca – Instituto Nacional de Câncer

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