Funcionários terceirizados do TRT comemoram formatura em curso de informática

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Por José Francisco Turco


Um clima de muita emoção marcou a formatura de 38 funcionários terceirizados do Regional, em uma ação que tem o objetivo de desenvolver e aprimorar as habilidades intelectuais desses profissionais. Os cursos, oferecidos nos níveis básico e intermediário, são inteiramente gratuitos e ministrados voluntariamente por oito servidores da Diretoria de Informática do TRT, nas dependências da Escola Judicial da Corte.


A formatura foi prestigiada pelos desembargadores Renato Buratto, presidente do Tribunal, Samuel Hugo Lima, vice-diretor da Escola Judicial, Edmundo Fraga Lopes e Helcio Dantas Lobo Junior. Também estiveram presentes o diretor-geral de Coordenação Administrativa, Evandro Luiz Michelon, e a diretora de Pessoal, Adriana Martorano Amaral Corchetti.


Entre vários servidores que comemoraram na cerimônia a conquista dos terceirizados estavam os voluntários Maurício Rodrigues de Morais, Bruno Godoy Martins Correa, Luiz Antonio Faria, Andréa Carolina Nogueira Lelis e Márcia Aparecida Lafão, que, juntamente com seus colegas Marcio Henrique Zuchini, Rafael Flávio Montanari Leme e Maria Sílvia Toledo de Lima, ministraram as aulas.


Ao abrir os trabalhos, o desembargador Buratto destacou entusiasticamente a satisfação de participar do evento. “Há compromissos e compromissos. A alguns a gente vai por obrigação. Vocês podem ter certeza de que a este venho com imenso prazer, pois é talvez o mais importante de que participo”, estimou. O magistrado felicitou todos os formandos e destacou o “excelente trabalho da equipe de capacitação do Tribunal”. Buratto confidenciou que acabara de manter uma conversa com o diretor-geral Evandro Michelon, durante a qual lançaram as bases para a criação de cursos de matemática e de iniciação ao estudo do Direito, também voltados aos funcionários terceirizados da 15ª. O presidente antecipou ainda que acabara de assinar um ato sobre trabalho voluntário no Tribunal, que envolverá também magistrados aposentados.


“Os senhores são peças muito importante no nosso Tribunal, quero que todos saibam”, ressaltou Buratto, dirigindo-se aos alunos, cujo grupo foi composto de profissionais de vigilância e segurança e de serviços relacionados à copa e à limpeza. O desembargador lembrou a importância do esforço de cada um para a superação dos desafios e passou um pouco de sua própria história de vida. “A Presidência do Tribunal não me caiu no colo”, rememorou. Ele disse que chegou a vender fascículos de uma publicação, “no tempo em que as coisas ficaram difíceis lá em casa”.

O magistrado lembrou que fez carreira em uma empresa de telefonia, onde chegou a fazer praticamente de tudo, até se formar em Direito e advogar para a mesma organização, atividade que exerceu até se tornar desembargador. “Eu fazia tudo o que aparecia.” Para Buratto, a formação é um bem que fica para sempre. “Podem tirar tudo de vocês, mas o conhecimento irá acompanhá-los por toda a vida. Espero que vocês continuem a agregar conhecimento, para evoluírem profissionalmente e também como seres humanos”, aconselhou. “Agradeço por vocês terem respondido ao nosso chamado e deixo aqui um agradecimento especial aos nossos professores voluntários, que viabilizaram todo esse trabalho”, complementou o magistrado.


A diretora Adriana Amaral reforçou o agradecimento do presidente, realçando o empenho e a participação dos voluntários e demais servidores responsáveis pelos cursos.

Em seguida, todos os desembargadores presentes e o diretor-geral Evandro Michelon se revezaram na entrega dos diplomas.

Curso incluiu material de apoio


"Os senhores são peças muito importante no nosso Tribunal, quero que todos saibam", destacou Buratto, durante a entrega de diplomas do curso de informática. O magistrado também cumprimentou todos os professores


As aulas aconteceram fora do expediente de trabalho, às quartas-feiras para o nível inicial e às sextas para o intermediário, das 10 às 12 horas. Além do aprendizado prático na utilização dos computadores, de seus principais aplicativos e dos recursos mais comumente empregados, como Internet e correio eletrônico, os funcionários terceirizados receberam material de apoio, como apostilas elaboradas pelos próprios professores. Ao todo foram 24 horas-aula, ao longo de 12 semanas. Todos os alunos concluíram ou pelo menos iniciaram o ensino médio.

Essa não é a primeira iniciativa do TRT voltada à inclusão digital dos seus funcionários terceirizados. Em dezembro passado, 42 deles concluíram o curso básico de informática promovido pelo Regional, igualmente com a colaboração voluntária de servidores da instituição. Muitos desses trabalhadores tiveram agora a oportunidade de dar continuidade a esse aprendizado no curso intermediário.

Esperança de crescimento profissional


A faxineira Eliana Isidoro (à dir.), ao lado de sua colega Andreza Barbano Leite, também formanda, disse que o curso abre a possibilidade para se conseguir um trabalho melhor


Após a cerimônia o clima de festa e congraçamento tomou conta de todos que de alguma forma participaram da solenidade. A faxineira Eliana Isidoro, por exemplo, comemora o aprendizado que teve oportunidade de ter na formação básica, recordando alguns recursos de informática que já havia aprendido anteriormente e tomando contato com outros totalmente novos para ela. “O curso abre a possibilidade de que eu venha a ter um trabalho melhor.” Já a também faxineira Andreza Barbano Leite disse que o curso lhe permitiu ter praticamente o primeiro contato com a informática. Ela também disse esperar que o aprendizado lhe abra novas portas. Por sua vez, o servidor Maurício Rodrigues de Morais, que é diretor do Serviço de Sistemas de Apoio Administrativo e um dos professores dos terceirizados, afirmou que foi muito gratificante ver o interesse dos alunos no curso, tanto os mais novos, que já tinham algum conhecimento, quanto os mais velhos, que jamais tinham tido contato com computadores.

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Comunicação Social