Greve dos servidores de Mogi Guaçu: dias parados e prêmio de assiduidade irão a julgamento

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Por José Francisco Turco


Após uma audiência que durou cerca de três horas na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas, os representantes do Município de Mogi Guaçu e dos servidores municipais da cidade não chegaram a um acordo em apenas dois itens, entre as dezenas de cláusulas que compõem a pauta de negociações, que se desenrolam desde o início da paralisação dos servidores, no final de abril. A audiência foi presidida pelo desembargador Flavio Allegretti de Campos Cooper, que agradeceu os esforços de todos os envolvidos nos entendimentos.


Como 13 dos 20 dias parados já foram pagos aos trabalhadores, a discussão girou em torno dos sete dias restantes e do desconto parcelado dos 8% relativos ao prêmio de assiduidade, referente ao mês de maio. Os dois itens irão a julgamento em data ainda a ser definida, na Seção de Dissídios Coletivos (SDC) do TRT, colegiado composto por 15 desembargadores da Corte. O relator do dissídio será o desembargador Helcio Dantas Lobo Junior, sorteado no final da audiência de hoje.


Ainda que o acordo não tenha sido totalmente fechado, o desembargador Cooper considerou vitoriosos os trabalhos e destacou os avanços obtidos. Durante parte da manhã e o início da tarde, Cooper se reuniu na sala de audiências pelo menos quatro vezes separadamente com os representantes de cada parte, incluindo os trabalhadores que estavam no local destinado ao público.


Durante as conversas o desembargador sempre destacou a vantagem de solucionar as disputas pela conciliação, evitando o julgamento e os recursos que as partes podem interpor após as decisões tomadas pela SDC.

A paralisação dos servidores durou até o dia 17 de maio passado, quando um acordo celebrado no TRT, sob a mediação do vice-presidente judicial da Corte, desembargador Lorival Ferreira dos Santos, suspendeu a greve.

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