Por Luiz Manoel Guimarães

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico e de Fibra Óptica de Campinas, Indaiatuba, Americana, Monte Mor, Valinhos, Nova Odessa, Paulínia, Sumaré e Hortolândia e a Honda Automóveis do Brasil Ltda. não chegaram a um acordo, na audiência realizada na tarde desta quinta-feira, 26, no TRT da 15ª Região, em Campinas. Uma nova audiência foi marcada para 7 de junho próximo, terça-feira, às 15h30, para nova tentativa de conciliação.

O Sindicato, o suscitante (autor) da ação de dissídio coletivo, pleiteia a reintegração ao emprego dos cerca de 400 demitidos este ano pela montadora. Os representantes dos trabalhadores propõem que seja implantada na unidade que a Honda mantém em Sumaré, em lugar dos atuais três turnos de oito horas, um sistema de dois turnos de cinco horas e meia cada um, mais o intervalo legal, além de um rodízio de férias até dezembro deste ano. Pela proposta do Sindicato, a situação seria rediscutida em janeiro de 2012, quando, acreditam os trabalhadores, a empresa já estará recuperada da atual crise.

A Honda alega que, em virtude do tsunami ocorrido em 11 de março no Japão, fornecedores estão enfrentando dificuldades para suprir a montadora dos insumos necessários à fabricação dos veículos. A contraproposta da Honda é pagar a cada um dos demitidos uma indenização equivalente a um mês de salário e manter por três meses o plano de saúde proporcionado aos contratados. Propõe ainda contratar uma empresa especializada em recolocação no mercado de trabalho para auxiliar os demitidos a conseguir um novo emprego.

Também participou da audiência o Sindicato dos Empregados e Agentes Autônomos do Comércio de Americana e Região (SEEAC), como assistente simples do suscitante.

O presidente do TRT, desembargador Renato Buratto (esq.), esteve na sala de audiências e conclamou as partes a se esforçarem ao máximo no sentido de chegar a um acordo