TRT e INJIEDS lançam concurso de fotos com o tema Uso racional da água
Por Ademar Lopes Junior, Mariana Cruz, Márcia Pietrobom, Tamires Silva e Juliana Rangel
O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em parceria com o Instituto Jurídico de Incentivo ao Estudo do Direito Social (INJIEDS), em comemoração ao Jubileu de Prata do Tribunal, promovem o Concurso “Uso Racional da Água”, com o propósito de incentivar as manifestações artísticas de magistrados e servidores do Tribunal, bem como alertar para a responsabilidade ambiental de toda a sociedade com relação ao uso racional da água e dos demais recursos naturais.
A escolha do tema “água” levou em consideração, mais que o caráter precioso do recurso natural, a conscientização do uso racional e o combate ao desperdício, com o objetivo de tentar transformar o pensamento e a visão das pessoas para a mudança de hábitos e desenvolvimento de formas de economia.
Os interessados deverão fazer a inscrição até o dia 31 de janeiro de 2012, com até duas fotos por categoria, valendo para todos os efeitos a data de envio eletrônico das fotos acompanhadas dos dados exigidos. Os trabalhos poderão ser inscritos em duas categorias distintas, Alta resolução e Clique rápido: a primeira, com fotos em alta resolução, com câmera profissional ou semiprofissional, com tamanho mínimo do arquivo original: 3.000 x 2.000 pixels; e a segunda, com foto em baixa resolução de câmera comum, com tamanho máximo de 2.560 x 1.920 pixels e fotos tiradas com telefones celulares. Em ambos os casos, as fotos deverão ser inéditas (não serão aceitas fotografias que já tenham sido utilizadas/premiadas em outros concursos ou em divulgações), e o participante deverá assinar uma declaração de originalidade.
O concurso vai premiar os cinco primeiros colocados, sendo as premiações, respectivamente: 2 diárias em hotel (1º e 2º lugares); passeio de barco – San Marino – Barra Bonita (3º lugar); 2 ingressos para o Wet’n Wild (4º e 5º lugares).
Mais informações pelo site www.ccura.com.br
O direito à água
Comemorado no dia 22 de março, o Dia da Água foi instituído pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que elevou, desde o final de 2010, ao nível dos direitos humanos universais, o acesso à água e ao saneamento básico.
O documento da ONU registra a preocupação com os quase 900 milhões de pessoas que não possuem acesso a fontes de água potável nem a saneamento básico. Marginallizada e discriminada por políticas marcadas pela exclusão, a população dos grandes centros urbanos é quem mais sofre com a falta d’água e de saneamento, o que reforça o aumento da pobreza.
Uma imensidão de água potável
O Aquífero Guarani, o maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo
No Brasil, o aquífero Guarani, considerado o maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo, está localizado na região centro-leste da América do Sul e ocupa uma área de 1,2 milhão de km², estendendo-se ainda pelo Paraguai, Uruguai e Argentina.
O aquífero é uma importante reserva estratégica para o abastecimento da população, para o desenvolvimento das atividades econômicas e culturais, além de apresentar boa proteção contra os agentes de poluição. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Ambiental e Agropecuária (Embrapa), a água é de excelente qualidade e suficiente para abastecer a atual população brasileira por 2.500 anos, já que o Brasil detém 2/3 da área total (840 mil km²), abrangendo os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
No Brasil, há mais de mil poços de extração, sendo o Estado de São Paulo o maior explorador das águas subterrâneas. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), 65% da zona urbana do estado depende desse tipo de extração. A cidade de Ribeirão Preto é um exemplo dessa dependência, pois todo o seu consumo é suprido pelo aquífero Guarani.
O ralo
Ironicamente, enquanto a falta d’água no planeta atinge mais de 1 bilhão de pessoas que sofrem com a falta de água potável, o líquido se torna um problema ainda maior quando deixa de ser escoado, no caso, as águas da chuva. Com o aumento das áreas urbanas e o assoreamento dos rios, enchentes causadas pelas chuvas são cada vez mais comuns em todo o Brasil e no mundo.
Para driblar o problema, o pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), José Rodolpho Martins, encontrou uma luz no cinzento e rígido asfalto. A solução desenvolvida pelo pesquisador é o pavimento com pequenos vãos que não afetam a qualidade do asfalto, são capazes de absorver a água da chuva e armazená-la, entre uma camada e outra. O sistema encaminha a água da chuva para galerias pluviais e evita os estragos das enchentes.
A técnica já foi colocada em prática em parte dos estacionamentos da USP. A ideia do nobre pavimento reforça o velho ditado "antes prevenir que remediar", já que o projeto, que promete ser a solução para as enchentes nas cidades, encontra sua barreira no preço: o custo da instalação chega a ser 25% maior do que o de um pavimento comum, .
A utilização de água de chuva traz várias vantagens, entre elas, econômica: os investimentos de tempo, atenção e dinheiro são mínimos para adotar a captação de água pluvial na grande maioria dos casos. O retorno do investimento ocorre a partir de dois anos e meio, além de reduzir o consumo de água da rede pública e do custo de seu fornecimento.
Água na RMC
Voluntários se engajam no mutirão para limpeza do rio Atibaia, na Região Metropolitana de Campinas
O rio Atibaia abastece 95% da população da cidade de Campinas, 90% da cidade de Atibaia, entre outras da região. Mas a falta de tratamento de esgoto e a destruição das matas ciliares têm causado grande risco de desabastecimento de água na Região Metropolitana de Campinas.
A solução não é fácil nem simples, mas o projeto Reviva o Rio Atibaia, que mobiliza Campinas e região há 14 anos, existe exatamente para esclarecer as dúvidas dos cidadãos. Seu objetivo é ampliar o debate entre organizações privadas, ambientalistas e comunidade sobre a necessidade de revitalização do rio Atibaia na região.
Uma das conquistas do projeto é a comemoração de dez anos da lei que regulamentou a Área de Preservação Ambiental (APA) de Campinas, que é cortada pelos rios Atibaia e Jaguari, formadores da Bacia do Rio Piracicaba. A APA visa à sustentabilidade econômica, ambiental e social para o desenvolvimento da região da Macrozona 1, que abrange os distritos de Sousas e Joaquim Egídio, e os bairros Monte Belo, Gargantilha e Carlos Gomes.
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