Por Patrícia Campos de Sousa

As correições nas unidades de 1ª instância do Judiciário Trabalhista da 15ª Região prosseguem nesta semana, com a visita do corregedor regional da 15ª, desembargador Luiz Antonio Lazarim, à 3ª e à 4ª Vara do Trabalho (VT) de Campinas, respectivamente nos dias 31 de maio e 2 de junho. Caberá ao desembargador Henrique Damiano, vice-corregedor regional regimental, por sua vez, conduzir as correições nas VTs de Cravinhos, na quarta-feira, 1º de junho, e de Porto Ferreira, no dia 2.

Além da inspeção no andamento dos processos e nos livros, registros e documentos das varas trabalhistas, os magistrados e suas equipes prestarão ainda atendimento a advogados, reclamantes, reclamados e demais interessados, que poderão também encaminhar suas reclamações e sugestões diretamente à Corregedoria Regional, na sede do TRT, em Campinas.

Cidades centenárias

Com jurisdição também sobre os municípios vizinhos de Serrana, São Simão e Luís Antônio, a VT de Cravinhos atende às demandas de uma população de cerca de 95 mil habitantes. Somente em 2010 a unidade autuou 1.058 ações. Localizada a 22 quilômetros de Ribeirão Preto, a cidade de Cravinhos se destaca pela lavoura de cana-de-açúcar, embora venha despontando também, nos últimos anos, como importante polo industrial. A história do município remonta a 1876, quando os irmãos Pereira Barreto, vindos do Paraná, adquiriram a Fazenda Cravinhos, para dar prosseguimento ao plantio do café nas terras roxas do interior paulista. O nome Cravinhos deve-se à existência em tal fazenda de uma plantação de cravinas, pequenos cravos originários da Ásia e da Europa. Alçado a distrito do município de Ribeirão Preto em abril de 1893, Cravinhos emancipou-se administrativa e politicamente em julho de 1897.

A demanda processual na VT de Porto Ferreira em 2010 foi ainda maior que a de Cravinhos. Ao todo, a unidade recebeu ao longo do ano um total de 1.392 demandas, provenientes não só do município-sede, como também das cidades de Santa Rita do Passa Quatro, Descalvado e Tambaú, que integram a jurisdição. A origem de Porto Ferreira, hoje com 51 mil habitantes, segundo o Censo Demográfico de 2010, está relacionada ao “porto” estabelecido em meados do século XIX às margens do Rio Mogi Guaçu. A balsa que então efetuava a travessia de passageiros e mercadorias entre os dois lados do rio era comandada pelo balseiro João Inácio Ferreira, que, falecido em 1877, deu nome ao povoado que por ali se formou. O lugarejo germinou, no entanto, com a chegada da estrada de ferro, inaugurada em janeiro de 1880 pela Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais, com o firme propósito de atravessar o Mogi Guaçu e atingir a rica e florescente região de Ribeirão Preto, onde abocanharia rendoso frete pelo transporte da produção cafeeira. Por força de circunstâncias da época, no entanto, a Companhia resolveu atingir seu objetivo por meio da atividade da navegação fluvial no Mogi Guaçu, até sua confluência com o Rio Pardo, o que fez de Porto Ferreira um importante entreposto hidro-ferroviário. Inicialmente subordinado à cidade de Descalvado, o povoado, com a denominação genérica de Distrito da Paz, passou a pertencer ao município de Pirassununga em 1892. A emancipação político-administrativa foi obtida quatro anos depois.

Endereços das unidades

Fórum de Campinas – Avenida José de Souza Campos, 422

VT de Cravinhos – Rua Bernardino de Campos, 74

VT de Porto Ferreira – Avenida Engenheiro Nicolau de Vergueiro Forjaz, 1.020