Em visita a usina de açúcar e álcool, juízes conhecem parte da realidade dos trabalhadores do setor

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 Por Ademar Lopes Junior

        Quarenta e dois juízes substitutos visitaram na terça-feira, 23/10, a Usina Costa Pinto, em Piracicaba. A visita é parte do programa da VIII Semana Temática de Formação Inicial Continuada do Magistrado até o Vitaliciamento, evento promovido pela Escola Judicial do TRT-15. Conduzidos pelo corregedor regional, desembargador Luiz Antonio Lazarim, e pelo desembargador Manoel Carlos Toledo Filho, representante dos desembargadores do Tribunal no Conselho Consultivo e de Programas da Escola, os novos magistrados passaram o dia no local, onde assistiram a vídeos institucionais, conheceram o complexo industrial e os alojamentos dos trabalhadores da safra. Do programa previsto, os magistrados só não foram ao campo, devido a fortes chuvas.

       O desembargador Luiz Antonio Lazarim considerou a visita "muito importante", especialmente por terem os juízes conhecido o alojamento dos cortadores de cana. Lazarim afirmou que "a empresa mantém tudo limpo e em condições de uso", mas ressaltou que "ainda não é o ideal, porque os quartos são coletivos, com capacidade média para 10 trabalhadores".

       O desembargador Manoel Carlos, que visitou pela primeira vez uma usina de açúcar e álcool, afirmou que a "experiência foi válida, uma vez que ajuda o juiz a ter uma visão concreta da realidade". Manoel Carlos ressaltou que, apesar de não terem tido contato direto com os cortadores de cana, por causa da chuva, "a visita foi proveitosa porque permitiu uma visão geral do processo, da colheita até a fabricação do açúcar e do álcool".

       O desembargador Lazarim enfatizou ainda que o TRT-15 foi pioneiro nessas visitas a usinas, praticadas há mais de 10 anos na 15ª, sempre em época de safra (de maio a novembro). Lazarim destacou a crescente informatização dos serviços nessas usinas, especialmente no seu setor industrial, mas salientou que, apesar das muitas conquistas alcançadas pelos cortadores de cana, como o próprio alojamento, alimentação adequada, banheiros (primeiro as cabines, depois os químicos) e descanso, entre outras, "o grande dilema continua sendo a remuneração por produção", concluiu.

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Comunicação Social