Por Beatriz Assaf e Letícia Boaretto

Vinte e três advogados, indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil, participaram nesta terça-feira (1º/10) do Curso de Formação em Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT), na Escola Judicial (Ejud) do TRT-15. Com quatro horas de duração, o curso foi ministrado pela diretora da secretaria da Vara do Trabalho (VT) de Araras, Iara Cristina Gomes Uliani Martins dos Santos, com enfoque nas rotinas de trabalho do advogado.

As atividades foram divididas em dois períodos. No primeiro, a diretora abordou aspectos teóricos sobre o PJe. Na segunda parte, os advogados participaram de uma oficina prática para testar o aprendizado.

Iniciativa desafiadora

Na abertura do curso, o desembargador José Otávio de Souza Ferreira, presidente da 1ª Turma do TRT, explicou que o PJe é um projeto nacional comandado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e que, com sua implantação, haverá um aperfeiçoamento gradual. Ele caracterizou o projeto como "inovador, mas também desafiador" e conclamou os advogados a colaborarem para o desenvolvimento e melhoria do sistema.

O presidente da Subseção de Campinas da OAB, Daniel Blikstein, agradeceu à Escola Judicial a oportunidade de introduzir os advogados no PJe e ressaltou o fato de ter encontrado "as portas do Tribunal abertas à categoria". Para Blikstein, o TRT-15 está conduzindo a implantação do processo eletrônico de uma forma que "prevalecerão os benefícios".

Por sua vez, a palestrante Iara dos Santos disse ter enfrentado dificuldades em setembro do ano passado, durante a implantação do PJe na VT de Araras. "Depois de 20 anos de Judiciário, a sensação era de que teria de começar tudo de novo. Mas, depois, percebi que o processo é o mesmo e que se trata apenas de adaptação", concluiu.