Exposição de Gregory Fink abre temporada 2013 do Espaço Cultural do TRT

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 Por Beatriz Assaf

A mostra "A Dança da Vida", que reúne obras do artista plástico Gregory Fink, teve seu vernissage nesta terça-feira (19/3) no Espaço Cultural do TRT, abrindo a temporada 2013 de exposições na sede do Regional. Entre as personalidades presentes no evento estavam o vice-presidente administrativo do Tribunal, desembargador Fernando da Silva Borges, representando o presidente da Corte, desembargador Flavio Allegretti de Campos Cooper; o vice-presidente judicial, desembargador Henrique Damiano; e a curadora do Espaço Cultural, desembargadora Mariane Khayat, além de outros desembargadores, juízes, servidores e convidados. Também prestigiaram o evento o cônsul AH do Chile, Luis Fernando Del Valle, e Pierre Coudry, cônsul britânico honorário em Campinas, em sua primeira missão diplomática a serviço da rainha Elizabeth II.

Em breve discurso, a desembargadora Mariane Khayat reconheceu a iniciativa do ex-presidente Renato Buratto, logo no início de sua gestão, de reativar o local. "De lá para cá sempre tivemos belíssimas exposições." Ela também comentou que o presidente Flavio Cooper possui, assim como Gregory, raízes inglesas, e por isso o magistrado gostaria de estar presente. Na ocasião, Cooper estava em um compromisso profissional em Brasília.

Mariane Khayat concluiu enaltecendo os prêmios que Fink ganhou, bem como seu reconhecimento internacional. O artista possui obras expostas em importantes acervos e museus, como o do Palácio de St. James, da Rainha Elizabeth II, em Londres, e o da Casa Branca, em Washington.

Sobre o artista

Gregory Fink é inglês radicado no Brasil desde os 14 anos, quando começou a pintar, inspirado por grandes artistas, como Tarsila do Amaral, de quem teve incentivo direto, Pablo Picasso, Gustav Klint, Fra Angelico e Marc Chagall. Desde então, Fink nunca deixou de se dedicar à arte, colecionando grandes prêmios, como o Grande Prêmio Humanitário da França, obtido em 1976, quando iniciava sua carreira; o Primeiro Prêmio no Festival dos Três Mundos, e a Medalha Ouro no Salão Internacional de Pintura Seregni Brianza, na Itália.

Nas obras do artista plástico prevalecem as cores vermelho intenso, azul cobalto e dourado, assim como o branco, que, segundo ele, representa a paz e o silêncio. A peculiaridade de seu trabalho deve-se, dentre outros motivos, à técnica utilizada, uma mistura de tinta com folhas de prata e ouro, influência de Gustav Klint e Fra Angelico, que também utilizam o método. A técnica mista é fruto de várias pesquisas, através dos anos. Para ele, o importante é a textura, a vibração das cores e a luminosidade.

As 52 telas que compõem a coleção "A Dança da Vida" possuem motivos figurativos. Nelas predominam anjos, iogues e bailarinos. O artista tem como inspiração a natureza, as expressões culturais e, principalmente, a música. Tenta, ainda, mesclar as culturas brasileira, oriental e de outros países, "esboçando um arquétipo, um símbolo que recorre em todas as culturas", segundo afirmou.

O artista plástico destaca o quadro "Carpe Diem" como um de seus favoritos. "A luminosidade do sol está presente em todo quadro, pintado em amarelo; amarelo é o sol, obviamente; e com duas figuras curtindo o momento." Outro de seus quadros preferidos é "Visão de São Francisco". "Eu o pintei, acho que foi profético, antes de o nome do novo papa ser escolhido. O quadro tem 20 anos e é da minha coleção particular. É muito simples, como era São Francisco de Assis."

Gregory Fink espera que todos que visitem sua exposição encontrem dentro de si um coração secreto. "Gostaria que as pessoas abrissem seus corações, criando algo positivo e esperançoso, pois essa é a função do artista, querer adicionar algo de belo para o mundo." Apesar de colecionar importantes prêmios da arte, ele ainda alimenta um grande sonho. "Quero pintar meu ‘capolavoro', que seria minha obra-prima, porque é isso que motiva o artista: ter seu momento de grandeza e esplendor na sua obra futura."

Impressões dos participantes

Na opinião do vice-presidente administrativo do TRT-15, desembargador Fernando da Silva Borges, um tribunal da Justiça do Trabalho entende a dimensão da arte e da cultura. O magistrado ressaltou a importância de o Regional manter um espaço "onde é possível aos artistas exporem suas obras", e destacou o papel do Poder Judiciário na divulgação da arte e a importância que ela tem para a população de modo geral.

Já para o secretário-geral da Presidência, Paulo Eduardo de Almeida, a exposição de Gregory Fink foi "uma das melhores que o Tribunal já colocou no Espaço Cultural". O secretário destacou ainda a influência da escola cubista na obra do artista.

O juiz auxiliar da Vice-Presidência Judicial, Firmino Alves Lima, que conhece e admira a obra de Gregory Fink de longa data, afirmou que a exposição do Espaço Cultural do TRT é "o tipo da boa cultura que nós temos que preservar", e destacou que "Campinas merecia uma exposição desse porte". Firmino, que já viu outras exposições do artista, ressaltou o colorido das telas expostas no Tribunal, o que, segundo ele, oferece à mostra um caráter "mais atraente e mais chamativo que qualquer outra que já tenha visto".

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