GMP promove atividades com magistradas e servidores da Vara do Trabalho de Indaiatuba

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Por Ana Claudia de Siqueira

A Vara do Trabalho de Indaiatuba recebeu os membros do Grupo Móvel da Presidência de Atenção as Unidades de 1ª Instância (GMP), na quarta-feira, dia 20 de março. Dentre as atividades, o grupo propôs um momento de auto-reflexão com a aplicação de três questionários para coleta de dados acerca da qualidade de vida, saúde, níveis de satisfação pessoal e profissional de juízes e servidores, tendo em vista as fontes de estresse e o modo individual de enfrentamento das adversidades do cotidiano.

A dinâmica contou com a adesão de todos os servidores, que elogiaram a proposta do GMP. "Vocês formam um grupo diferente, realmente comprometido e interessado. É um grupo coeso. Parabéns a vocês e ao Dr. Flávio Cooper pela bela iniciativa", disse a servidora Luisa Cristina Pinez Campos Micaela.

A VT tem registrado aumento da demanda processual, impulsionado principalmente pelo setor industrial. No ano passado foram ajuizadas 2.769 ações trabalhistas, um índice 44% superior ao registrado em 2011, que foi de 1.917 processos. Do montante, 1.302 ações são provenientes de trabalhadores industriais, em especial da metalurgia, mecânica e de material elétrico. Em segundo lugar, destacam-se as 757 reclamações propostas por trabalhadores que atuam no setor de Serviços, categoria que engloba reparação, manutenção e instalação, limpeza, segurança e vigilância, serviços pessoais e técnicos, agências imobiliárias e condomínios, entre outros. Em terceiro lugar, a VT de Indaiatuba registrou 219 reclamações ajuizadas por trabalhadores do setor de comércio, seguido pela área de turismo e alimentação com 111 ações. As informações são da Coordenadoria de Estatística e Pesquisa do Tribunal que computa também outras categorias econômicas como transporte, agropecuária, sistema financeiro, administração pública, comunicação e serviços domésticos, entre outros. Estas categorias ficaram abaixo dos 100 processos ajuizados em 2012.

Diante deste cenário, as juízas Maria Angélica Mineto Pires e Adriana Custódio Xavier de Camargo, com a ajuda da servidora Nilza Soutello, criaram em novembro último, um ambiente propício e acolhedor, com mesa redonda, para as tentativas de acordo. A sala de Conciliação para agilizar iniciativas de entendimento entre as partes do processo trabalhista segue com uma pauta de oito audiências por dia. A proposta vai ao encontro da política institucional do TRT-15 e de todo o Judiciário brasileiro de buscar, sempre que possível, a conciliação entre os litigantes, considerada o meio mais rápido e eficaz de solucionar uma ação judicial.

Na música, o equilíbrio

Ao ouvir no rádio o mestre do cavaquinho, Waldir Azevedo, autor do choro "Brasileirinho", surgiu a escolha. Filho de músicos – a mãe toca piano e o pai, violão clássico, flauta e sax – André Luiz de Moura, servidor da VT de Indaiatuba, decidiu que queria aprender a tocar o instrumento. Na época, com 11 anos de idade, teve seu pedido logo atendido. Mais de 20 anos depois, a música é presença constante nos ensaios, no palco, ou em casa. Moura integra o grupo de choro Moacir Martins e passou a tocar também bandolim. "O som é doce, vibrante e simples e acredito que a riqueza está exatamente na simplicidade", assinalou Moura que é formado em Jornalismo pela PUC-Campinas e atua como servidor público desde 1999. Para ele a música funciona como válvula de escape para enfrentar as tarefas cotidianas. "É essencial para a busca do equilíbrio, que contribui para o desenvolvimento do trabalho na VT", salientou.

A música também faz parte da história de Ana Maria Silveira Mazzoni, 60 anos. Ainda menina, saia de Mogi Mirim para estudar piano clássico no Conservatório Carlos Gomes em Campinas. Diferente de Moura, que trabalha na VT de Indaiatuba há um ano, Ana Maria está prestes a se aposentar. De família tradicional – o sobrenome Mazzoni remete a uma das primeiras indústrias do município – Ana Maria tem planos de deixar Indaiatuba para viver perto do filho e da neta, em Umuarama, no Paraná e assim ensinar piano à garota de 4 anos. Ana Maria ingressou na VT uma semana depois de sua inauguração, em 24 de novembro de 1992. Depois de 20 anos dedicados à Justiça do Trabalho, em especial no atendimento ao público, Ana Maria se sente realizada profissionalmente. "Gosto muito de gente e amadureci bastante", comentou. Ana cursou Relações Públicas e considera que o conhecimento adquirido, aliado à prática, tenha ajudado a desenvolver um bom trabalho na VT. "Me sinto valorizada e este é o momento ideal para a mudança". A despedida da VT acontece no dia do seu aniversário, em 5 de junho.

Indústria surgiu em 1920

Das roças de feijão e milho à cafeicultura, passando pela produção de cana-de-açúcar estimulada pelo governo português no século XVIII até chegar ao parque industrial que hoje é referência na região de Campinas. O antigo arraial dos Cocais, conhecido também como Indayatiba no passado, vivenciou um longo processo evolutivo, que acabou por alterar a paisagem inspiradora do nome da cidade, as palmeiras do tipo indaiá. O povoado pertenceu a Vila de Itu, sendo elevado a freguesia de Indaiatuba em 9 de dezembro de 1830, data que em que se comemora o aniversário do município.

A construção da estrada de ferro Ituana, em meados de 1872, foi um marco para o progresso na região. Com os trilhos vieram os imigrantes alemães, suíços, espanhóis, italianos, e posteriormente, os japoneses, já no início do século XIX. As primeiras indústrias datam da década de 1920. Nos anos subseqüentes, a indústria Mazzoni ficou famosa no país pela produção de cabos de guarda-chuva e outras companhias instalaram-se. Todavia, uma maior expansão ocorreu nos anos de 1960 e 1970, com a criação em 73 do Distrito Industrial pelo governo do município.

Com mais de 200 mil habitantes (IBGE/2010), Indaiatuba tem importante representação na Região Metropolitana de Campinas (RMC), ocupando nos primeiros meses de 2013, a segunda colocação no ranking de exportações, entre os 19 municípios. A cidade destaca-se também pelos constantes índices de crescimento econômico, aliado à qualidade de vida. O Parque Ecológico, um dos maiores em extensão do país, leva a assinatura do arquiteto e urbanista Ruy Ohtake, e corta praticamente toda a cidade, com amplas áreas de lazer. (com informações do IBGE, Prefeitura Municipal de Indaiatuba e Fundação Pro-Memória de Indaiatuba)

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