Grupo Móvel da Presidência do TRT vai a São Roque

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Por Luiz Manoel Guimarães

Colaborou Letícia Boaretto

O bandeirante Pedro Vaz de Barros, conhecido como "Vaz Guaçu, O Grande", instalou-se em 1657 às margens dos ribeirões Carambeí e Aracaí, com a família e cerca de 1.200 índios, para cultivar trigo e uva. Assim teve início a história da cidade que receberia o nome de São Roque, por conta da devoção de seu fundador pelo santo. Posteriormente, imigrantes italianos e portugueses instalaram ali suas adegas e forraram de vinhedos as encostas dos morros da região, o que daria a São Roque, posteriormente, o título de "Terra do Vinho".

Com uma população atual de aproximadamente 80 mil pessoas, a cidade comemora, em 2014, os 150 anos de sua elevação à condição de município. Em 1990, conquistou também a qualificação de estância turística, graças ao grande potencial histórico, artístico, ecológico e cultural.

No último dia 5 de junho, o Grupo Móvel da Presidência de Atenção às Unidades de Primeira Instância (GMP), criado com a missão de interagir com todas as 153 varas trabalhistas (VTs) e 9 postos avançados da 15ª Região, esteve na VT da cidade, para identificar as demandas locais e criar oportunidades de aprimoramento. As dinâmicas aplicadas pelo Grupo – que é coordenado pelo juiz Flávio Landi – têm ênfase em indicadores de estresse e qualidade de vida, além de uma pesquisa com os jurisdicionados e partes sobre suas experiências com a Justiça do Trabalho.

Homens de ação

Analistas judiciários formados em Direito, André Luiz Assêncio Dutra e Marcelo Ribeiro Lima, servidores que fazem parte da equipe da VT de São Roque, têm pelo menos mais uma coisa em comum: paixão por uma atividade bastante diversa do cotidiano profissional.

André "curte" espeleologia, "o estudo e exploração das cavidades naturais do solo, como grutas, cavernas, fontes etc.", conforme define o Aurélio, e geologia e oceanografia são áreas da ciência que lhe despertam um interesse particular. Todavia, lamenta ele, nos últimos anos não tem havido tempo para pôr em prática essa vocação, que é antiga. Em 1999, aos 25 anos, André conheceu o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, no sudoeste do Estado de São Paulo. O Petar, como é conhecido, é um dos sítios espeleológicos mais importantes do Brasil, com mais de 300 cavernas cadastradas pela Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE). Criado em 1958, para a proteção do rico patrimônio natural da região do Alto Ribeira – que inclui remanescentes de Mata Atlântica e sítios paleontológicos, arqueológicos e históricos –, o parque é um dos mais antigos do estado e abrange uma área de aproximadamente 35 mil hectares.

Numa incursão que durou cerca de cinco horas, nosso aventureiro conheceu as cavernas Água Suja e Ouro Grosso. "Meu grupo chegou a avançar cerca de 1,5 quilômetro nas galerias. Lá, independentemente do quão esteja quente ou frio do lado de fora, a temperatura é sempre amena, variando de 18 a 22 graus centígrados", lembra André. A aventura incluiu um encontro com o famigerado opilião, aracnídeo comum em regiões de Mata Atlântica e frequentemente confundido com aranhas. Ao contrário destas, os opiliões possuem o cefalotórax (cabeça e tórax) e o abdômen fundidos em uma só estrutura. "Vimos uns grandes, do tamanho da mão de um homem adulto."

Marcelo, por sua vez, é um adepto das artes marciais e outras formas de defesa pessoal. Já passou pelo karatê (chegou à faixa marrom, que antecede a preta), pelo judô e pelo boxe. "Comecei aos nove anos, levado pelos meus pais." Praticou até o kenpo havaiano, que reúne golpes e fundamentos de diversas outras artes.

Em 2010, depois de quase dez anos "parado" (consequência de um rompimento de tendão ocorrido em 2001), começou a se dedicar ao kung-fu, mais especificamente ao wing chun, estilo inicial de ninguém menos do que o astro Bruce Lee, maior ícone cultural das artes marciais. "Faço parte de uma turma bastante eclética, com crianças de 10, 11 anos, até pessoas de mais de 50. É uma atividade que ensina coisas que vão muito além dos movimentos em si. Aprendo técnicas de respiração e de postura, por exemplo, e o kung fu também é muito bom para combater o estresse." (Com informações da Prefeitura da Estância Turística de São Roque, do IBGE e do site www.petar.com.br)

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