Ministro Barros Levenhagen, que foi desembargador na 15ª, é eleito presidente do TST

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Com informações de Augusto Fontenele e fotos Secom

O Pleno do Tribunal Superior do Trabalho elegeu presidente, nesta quarta-feira (11), o ministro Antonio José de Barros Levenhagen. Foram eleitos, ainda, o ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, como vice-presidente, e João Batista Brito Pereira, como corregedor-geral da Justiça do Trabalho. Levenhagen ingressou na Magistratura do Trabalho por meio de concurso público em junho de 1980, época em que havia um único Regional do Estado de São Paulo (TRT da 2ª Região). Foi promovido por merecimento a juiz presidente da então 1ª Junta de Conciliação e Julgamento de Guarulhos (JCJ), SP, e posteriormente, presidiu as JCJs de Taubaté e Cruzeiro, no Vale do Paraíba.

Em 1986, foi para o recém-criado Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, tendo sido designado juiz substituto da Corte a partir de 1989. Promovido por merecimento a juiz togado do Tribunal em janeiro de 1993, compôs inicialmente a 1ª Turma, da qual foi Presidente no biênio 95/96. Foi Diretor da Escola da Magistratura da Justiça do Trabalho (atual Escola Judicial) da 15ª Região no biênio 97/98, tendo se empenhado para que a Escola fosse reconhecida como órgão do TRT, o que acabaria ocorrendo em 25 de novembro de 1998.

Posse se dará com a aposentadoria do ministro Reis de Paula

A posse dos novos dirigentes, para um mandato de dois anos, está condicionada à aposentadoria compulsória do atual presidente. Carlos Alberto assumiu em março deste ano.

Carlos Alberto justificou a antecipação da eleição como maneira de permitir uma fase de transição da atual para a nova direção. Carlos Alberto elogiou os eleitos e disse que o "Tribunal estará em mãos hábeis e competentes".

O ministro Levenhagen é o atual vice-presidente do TST. Após a votação que o elegeu, fez referência ao grande volume de processos que chegam ao Tribunal. "Temos vivido um contínuo acréscimo de processos e precisamos ter alguma iniciativa para essa carga sobre-humana".

De acordo com o presidente eleito, "é preciso que a sociedade saiba o quanto se trabalha no Tribunal Superior do Trabalho", considerando o número de recursos que ingressa na Corte. "Precisamos ter condições de discutir teses sem prejuízo da saúde do magistrado, do seu convívio social e com disponibilidade para a elaboração de votos consistentes e de qualidade", afirmou.

Perfil

Mineiro de Baependi, Barros Levenhagen iniciou a carreira na magistratura trabalhista em São Paulo, em 1980. Nomeado por merecimento ao TRT de Campinas em 1993, chegou ao TST seis anos depois, onde presidiu a Quarta Turma e integrou o Conselho Superior da Justiça do Trabalho. Foi também corregedor-geral da Justiça do Trabalho.

Ives Gandra Martins Filho nasceu em São Paulo. É professor e mestre em Direito pela Universidade de Brasília (UnB). Chegou ao TST em 1999, pelo quinto constitucional. Foi Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho. Atualmente é corregedor-geral da Justiça do Trabalho (CSJT).

João Batista Brito Pereira nasceu em Sucupira do Norte (MA). Bacharel em Direito formado pelo Centro Universitário do Distrito Federal (UDF). Pós-graduado em Direito Público, ingressou no Ministério Público do Trabalho em maio de 1988. Foi subprocurador-geral do Trabalho, cargo que exerceu até sua posse no Tribunal Superior Trabalho, em 31 de maio de 2000.

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