Por Ademar Lopes Junior

O coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo Carlos de Carvalho Junior, comandante do Policiamento do Interior 2 (CPI-2), foi homenageado na tarde desta quinta-feira, 7 de novembro, no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, na abertura da sessão administrativa do Tribunal Pleno, realizada no Plenário Ministro Coqueijo Costa, localizado no primeiro andar do edifício-sede da Corte. O homenageado recebeu o Grande Colar do Mérito Judiciário da Justiça do Trabalho da 15ª Região das mãos do próprio presidente do Regional, desembargador Flavio Allegretti de Campos Cooper, que também é autor da indicação do nome do coronel para a homenagem.

Além dos desembargadores, participaram da solenidade, os comandantes da PM de cidades da região, como Jundiaí, Mogi-Guaçu e Bragança Paulista e os comandantes de três batalhões de Campinas. O homenageado estava acompanhado de sua esposa Thaís, dos dois filhos, Carlos e Caroline, e de seu pai, o coronel reformado Carlos de Carvalho, responsável pela criação da Corregedoria na Polícia Militar do Estado de São Paulo.

A Banda Regimental de Música da Polícia Militar abriu o evento, com a execução do Hino Nacional e, também, da Canção da Polícia Militar. O presidente Cooper lembrou que a autoria dessa canção é do poeta campineiro Guilherme de Almeida, Príncipe dos Poetas Brasileiros e o primeiro modernista a entrar para a Academia Brasileira de Letras, em 1930.

O presidente Cooper, antes de iniciar a apresentação do homenageado, falou dos laços que unem as instituições TRT-15 e a PM, salientando a necessidade de estreitamento entre elas, especialmente no momento em que o Tribunal está prestes a modernizar suas normas de segurança e, também, aperfeiçoar ainda mais os seus agentes de segurança. O presidente ressaltou as características da Polícia Militar e do TRT-15 que, segundo ele, com seus números, são exemplo do gigantismo do Estado de São Paulo.

Para reforçar as estatísticas, o desembargador Cooper salientou que apenas o Produto Interno Bruto (PIB) da capital paulista é maior do que o PIB da Argentina ou do Chile. De acordo com o desembargador, a PM paulista é "a maior polícia do mundo, com seus 100 mil homens, número este insuficiente, porém, para atender aos 40 milhões de habitantes do Estado".

Paralelamente, Cooper afirmou que o TRT-15, com seus 3.200 servidores e quase 700 terceirizados, também enfrenta dificuldade para atender a contento a demanda jurisdicional trabalhista de 95% do Estado de São Paulo. Para o desembargador Cooper, os números apontam, ao mesmo tempo, para a grandeza e importância do Estado e, também, para os seus desafios.

Sobre o homenageado, o presidente Cooper destacou alguns pontos da carreira do coronel Carlos de Carvalho Junior, como a passagem por diversas unidades de choque (Canil, ROTA, 2ª Companhia do 3º Batalhão de Choque e o Comando de Operações Especiais). Uma de suas ações mais destacadas, pela comoção nacional, foi o resgate dos destroços do avião que transportava a banda Mamonas Assassinas. Também ressaltou a atuação do homenageado no Comando de Policiamento de Área Metropolitano 9, na chefia da Assessoria da Polícia Militar da Prefeitura Municipal de São Paulo, e, finalmente, sua transferência para Campinas, onde atualmente comanda o CPI-2.

A pedido do presidente Cooper, o tenente Cambuí, responsável pela comunicação social da PM em Campinas, falou sobre a "caveira" (como é conhecido o coronel Carlos de Carvalho Junior, entre os colegas) e também sobre a simbologia desse ícone adotado pelos policiais que integram comandos especiais. O tenente Cambuí negou que o símbolo da caveira cravada com um punhal sobre dois bucaneiros esteja associado à morte, à letalidade ou ao perigo de vida. Segundo ele, a caveira, inspirada num símbolo adotado pelos cavaleiros templários, representa "necessidade de raciocínio, a segurança e a sobrevivência".

O coronel Carlos, em seu discurso, afirmou ser uma grande satisfação receber o Grande Colar. O homenageado ressaltou, também, os 35 anos de sua vida dedicados exclusivamente à Polícia Militar e sua atuação à frente do Comando do Policiamento do Interior 2 em Campinas onde, segundo ele, já colheu importantes frutos como "desarticulação de perigosas quadrilhas e redução do índice de homicídios, roubo, roubo de veículos e furto".

Sobre o homenageado

Detentor de diversas medalhas e honrarias, o coronel Carlos de Carvalho Junior tem formação em Operações Especiais para Oficiais; Técnicas de Ensino para Oficiais; Aperfeiçoamento de Oficiais e Curso Superior de Polícia. Começou a carreira como aspirante a oficial no 14º Batalhão de Polícia Militar do Interior. Possui larga passagem por diversas unidades de choque. Entre elas estão o Canil, onde permaneceu por cinco anos, as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), onde ficou por quatro anos, a 2ª Companhia do 3º Batalhão de Choque e o COE (Comando de Operações Especiais).

Sua trajetória inclui a função de capitão da Divisão de Investigação da Corregedoria PM, a de major no Comando da Escola de Oficiais da Academia de Polícia Militar do Barro Branco, e ainda como tenente coronel, o comando do 37º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano. Promovido em dezembro de 2009, passou a comandar o Comando de Policiamento de Área Metropolitano 9 e, desde março de 2011, atuava como chefe da Assessoria da Polícia Militar da Prefeitura Municipal de São Paulo, de onde veio transferido para o CPI-2 de Campinas.