Servidora Célia Ovigli aposenta-se, após 20 anos dedicados aos concursos na Décima Quinta Região

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 Por Ademar Lopes Junior

A aposentadoria para a servidora Célia Maria Ovigli, segundo ela mesma definiu, chegou como "algo natural". Depois de vinte anos dedicados ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, a servidora, que sempre esteve ligada à área de concursos, dentro da Coordenadoria de Desenvolvimento de Pessoas, deixou sua marca entre os colegas e, também, entre os magistrados. Muitos deles se tornaram amigos da servidora, que orgulhosamente se despediu do Tribunal em fevereiro deste ano. Na bagagem da memória, a ex-servidora afirma que leva saudades, especialmente dos amigos.

"Era a hora certa", afirmou Célia, que construiu sua carreira desde o início, em 1976, no serviço público. Durante 17 anos, trabalhou na secretaria de uma escola estadual, em Campinas. Em 1993, assumiu como técnico no TRT da 15ª. "Nunca trabalhei em vara nem em gabinete", confessou Célia, que se aposentou como assistente-chefe da área de concursos do tribunal.

De temperamento sério, prático e um tanto irrequieto, Célia Ovigli afirma se orgulhar da carreira construída na Justiça do Trabalho, mais especificamente na área de concursos que, segundo ela, "nunca teve uma mácula", e que lhe proporcionou felicidade enquanto esteve trabalhando, principalmente pelo fato de ser um espaço onde jamais cultivou a "rotina".

Nos últimos tempos, Célia Ovigli se preparava para migrar para a Seção de Capacitação de Servidores, mas não escondeu que sempre sonhou que a área de concursos "se tornasse um dia uma diretoria". De tudo, porém, que viu nos vinte anos de trabalho, o processo judicial eletrônico foi o que mais a encantou. "O PJe é fantástico", afirmou Célia, animada com a novidade que aos poucos se implanta na Justiça brasileira e muda a rotina das secretarias. A ex-servidora chegou a participar da implantação do PJe na VT de Avaré, e só teceu elogios à nova ferramenta eletrônica, saudando os novos tempos.

Um pouco de sonhos também

O temperamento prático de Célia Ovigli não deixou muito espaço para devaneios em sua vida. Durante o tempo em que trabalhou, a dedicação da ex-servidora foi total. Quando ingressou na Justiça trabalhista, já havia se formado em Administração, mas com o tempo, percebeu a necessidade de conhecimentos mais adequados ao seu trabalho, e por isso não teve dúvidas em fazer uma nova faculdade, agora de Direito.

O tempo de se aproveitar "o ócio com dignidade", para Célia, não chegou cedo nem tarde. "Nunca quis trabalhar além do tempo necessário", disse ela, que confessou também um certo cansaço nos últimos tempos. Depois da perda prematura da inseparável colega de trabalho Regina Maria Camillo de Aguiar, em maio de 2011, com quem sempre era vista pelos colegas de Tribunal, a decisão de se aposentar não lhe pareceu tão difícil nem distante. Pesou também em sua escolha o fato de cuidar de sua mãe, uma senhora de 77 anos, com quem vive.

Célia Ovigli ainda está se acostumando com a nova realidade trazida pela aposentadoria, mas segundo ela mesma afirmou, espera aproveitar o tempo livre fazendo o que gosta: "algumas viagens, leitura e até um cineminha, de vez em quando". Nos planos mais próximos, porém, está o de conhecer a Itália. "Quero conhecer a Toscana, terra de meus familiares", disse com um largo sorriso nos lábios e brilhantes olhos azuis.

Trabalho? "Pode ser, mais para frente, eu penso em fazer algum serviço voluntário", afirmou Célia, que não descarta voltar a praticar alguma atividade voluntária, mas por enquanto, se isso acontecer, deverá ser apenas numa instituição religiosa, onde ela já frequenta.

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