Servidores da Vara do Trabalho de Itapetininga se unem em solidariedade a entidades beneficentes

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Por Luiz Manoel Guimarães

Colaborou Letícia Boaretto

Em sua mais recente visita, no último dia 6, o Grupo Móvel da Presidência de Atenção às Unidades de Primeira Instância (GMP), coordenado pelo juiz Flavio Landi, esteve em Itapetininga, na região de Sorocaba. Na VT local, solidariedade faz parte da rotina. Todo mês os servidores doam conjuntamente uma quantia em dinheiro para a Associação de Apoio aos Deficientes Auditivos de Itapetininga (Aadai). "Fazemos a doação já há quase dez anos", esclarece o diretor da secretaria da VT, Antenor Donida Bartoli. "Além disso, há uns cinco anos que o grupo também faz doações periódicas ao Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil, o GPACI", acrescenta Bartoli.

Criado com a missão de interagir com todas as 153 varas do trabalho (VTs) da 15ª, bem como com os postos avançados, o GMP busca identificar as demandas locais e criar oportunidades de aprimoramento. As dinâmicas aplicadas pelo Grupo têm ênfase em indicadores de estresse e qualidade de vida, além de uma pesquisa com os jurisdicionados e partes sobre suas experiências com a Justiça do Trabalho.

Dedicação às crianças e adolescentes

Fundado em 25 de julho de 1983, o GPACI (www.gpaci.org.br) mantém um hospital especializado no tratamento do câncer de crianças e adolescentes, no Jardim Faculdade, em Sorocaba. O atendimento é gratuito e integral, incluindo assistência de caráter social e moral, bem como condições de alojamento e locomoção aos pacientes e seus familiares, durante a doença e o período de vigilância médica estabelecido.

Por sua vez, a Aadai (www.aadai.org.br), criada em 1997, funciona na Rua Firmino José de Araújo, 73, em Itapetininga, e promove o desenvolvimento e a inserção social de crianças e adolescentes deficientes auditivos, além de investir em estudos científicos na área da audição. Todos os atendimentos prestados também são gratuitos e incluem ações de prevenção da deficiência auditiva e, para pessoas de 14 a 21 anos, capacitação e inserção profissional.

Além das doações em dinheiro, a entidade aceita materiais de limpeza e higiene, como copos para água, papel higiênico, sabonete líquido, toalhas de papel, compressas de gaze, álcool, desinfetante e detergente, por exemplo, e produtos para escritório (papel sulfite, pastas para arquivo etc.). Também são bem-vindos jogos, materiais pedagógicos e brinquedos.

Deficiência Auditiva

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada mil recém-nascidos vivos, um ou dois têm deficiência auditiva. A Aadai chama a atenção para a importância de o problema ser detectado o mais rápido possível. "O diagnóstico precoce permite que sejam tomadas as medidas necessárias para a prevenção das consequências da deficiência auditiva, diminuindo os prejuízos futuros", alerta o site da entidade. "Assim que surge a suspeita, a família deve procurar um serviço especializado na avaliação e diagnóstico da audição. A identificação deve ser feita já nos primeiros meses de vida, favorecendo o período crítico do desenvolvimento. O diagnóstico tardio (após o primeiro ano de vida) prejudica o desenvolvimento posterior da criança porque a maturação neurológica e a formação de interconexões neuronais ocorrem nos dois primeiros anos. As possibilidades de desenvolver bem a fala e a audição diminuem com o atraso do diagnóstico", adverte a Aadai.

RT investe na capacitação de servidores na Língua Brasileira de Sinais

Nos últimos anos, o TRT-15 tem investido na capacitação na Língua Brasileira de Sinais (Libras), para a comunicação com deficientes auditivos. Entre 2011 e 2012, 50 servidores que atuam na 1ª ou na 2ª instância, bem como na área administrativa, foram capacitados nos níveis básico e intermediário (que inclui conversação). De acordo com a Seção de Capacitação, vinculada à Secretaria de Gestão de Pessoas do Tribunal, em 2014 será feito um curso de reciclagem, para a atualização dos servidores.

A Libras, instituída no Brasil em 1857, é reconhecida desde 2002 como meio legal de comunicação e expressão e é considerada a língua oficial do portador de deficiência auditiva. É um sistema linguístico de natureza visual-motora, que se utiliza dos movimentos da mão e de expressões faciais e corporais, com estrutura gramatical própria, porém com sinais que variam nas diferentes comunidades regionais de surdos. Faz parte da Libras a datilologia, alfabeto manual com 26 letras.

Rota de tropeiros

Itapetininga começou a se formar no final do século XVIII, quando tropeiros constituíram o primeiro núcleo no local. Viajantes que repousavam na região quando rumavam para o Sul acabaram por se fixar onde hoje é o município, por causa do pasto abundante e da terra fértil. Simão Barbosa Franco, Domingos José Vieira e Salvador de Oliveira Lima, o "Sarutya", foram alguns dos fundadores da cidade, que ainda hoje recebe, anualmente, centenas de tropeiros e suas comitivas, de modo a preservar a história e as tradições do município.

A palavra itapetininga é de origem tupi-guarani e significa pedra enxuta ou laje seca. Mas a história popular aponta outro significado para o nome da cidade: segundo o conto, o então governador Francisco Carneiro de Sousa teria determinado a abertura de um caminho novo para o Sul, uma rota que permanecesse sempre seca, porque o antigo trajeto ficava constantemente encharcado. Por isso, o município deveria chamar-se "tapetininga", cujo significado é "caminho seco".

Localizada a 170 km da capital e com aproximadamente 145 mil habitantes, Itapetininga é, em extensão territorial, o terceiro maior município do Estado de São Paulo, com 1.790 quilômetros quadrados. Perde apenas para Iguape (1.981 quilômetros quadrados) e Itapeva (1.827).

Turismo cultural, religioso, educacional, rural, comercial, de saúde e de negócios são opções que a cidade oferece aos visitantes. Essa atividade contribui bastante para a economia, além de grandes indústrias e da agricultura, que tradicionalmente também compõem a renda do município. (Com informações da Prefeitura de Itapetininga e do IBGE).

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