Servidores da VT de Sumaré interagem com Grupo Móvel da Presidência

Conteúdo da Notícia

Por Ana Claudia de Siqueira

O Grupo Móvel da Presidência de Atenção às Unidades de Primeira Instância (GMP) segue com a missão de interagir com todas as varas do trabalho da 15ª, por meio de abordagens sobre estresse e qualidade de vida, buscando identificar as demandas locais e criar oportunidades de aprimoramento interno. O grupo se reuniu com servidores da Vara do Trabalho de Sumaré, que registra aumento do número de processos trabalhistas nos últimos dois anos. Somente em 2012, houve um acréscimo do volume processual de 25%, se comparado ao ano anterior.

Sumaré, que em um passado longínquo pertenceu a Campinas, hoje contribui de maneira efetiva para a economia da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Formada por 19 municípios, a RMC é responsável por 10% da produção industrial do estado de São Paulo, segundo informações da Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp). Os setores de material elétrico, comunicação, farmacêutico, veículos automotores e autopeças foram os que mais ampliaram sua participação na produção industrial regional, a partir dos anos 1990, e a instalação de montadoras no mesmo período contribuiu ainda mais para esse crescimento.

É dentro desse contexto que se fez necessária a atuação local da Justiça do Trabalho. A então Junta de Conciliação e Julgamento (JCJ) foi criada em primeiro de dezembro de 1998, exatamente no ano que o País sofria os reflexos das crises asiática e russa, e se esforçava para manter a economia estável, quatro anos após a implantação do Plano Real. Os indicadores macroeconômicos de 1998 foram os piores daquela década, culminando na desvalorização da moeda no ano seguinte.

Dados econômicos à parte, a Vara do Trabalho de Sumaré acumula quase 15 anos de serviços prestados à comunidade. Diante da crescente movimentação processual, que pode levar ao desenvolvimento de sintomas de estresse, os servidores da VT, durante a passagem do GMP, puderam fazer uma autorreflexão sobre qualidade de vida no trabalho mediante questionário com base em quatro indicadores: regulação emocional, otimismo, empatia e análise causal, sob orientação da psicóloga da equipe, Juliana Barros de Oliveira.

Uma década só na VT de Sumaré

A servidora Dulce Maria Vasconcellos Seixas, 59 anos, completa, em 2013, 10 anos de atuação na Vara do Trabalho de Sumaré. Mas sua história com a JT remonta ao período de criação do TRT da 15ª Região. Dulce prestou um dos primeiros concursos públicos promovidos pelo Tribunal, em 1988, ingressando na JT um ano depois. Trabalhou na secretaria da 4ª Turma do TRT por mais de sete anos antes de se transferir para a primeira instância, na 1ª VT de Paulínia. "Fazia juntada de processos, de votos e acórdãos, utilizando ainda a máquina de escrever. A informatização só chegou em 1990", assinala, referindo-se também à nova era pela qual a JT está vivenciando, com a implantação do processo judicial eletrônico.

"Confesso que tenho dificuldades de me adequar às novas tecnologias, mas gosto de aprender na prática". Com a criação da 2ª VT de Paulínia, Dulce passou a trabalhar no Serviço de Distribuição dos Feitos. Como morava em Hortolândia, transferiu-se para a VT de Sumaré em 2003. Protética de formação, Dulce demonstra muito orgulho de integrar o quadro de servidores do judiciário trabalhista. "Não tive coragem de sair da JT, pois sinto que estou ajudando o reclamante a receber aquilo que lhe é devido. Sinto-me privilegiada de fazer parte desse grupo", revela. Dulce também não esconde o orgulho de ser mãe de três filhos, um deles com formação em Direito e os outros dois formados em Medicina pela Universidade Estadual de São Paulo (USP).

Sumaré é nome de orquídea

Historicamente, a formação do povoado de Sumaré está alicerçada em três fatos: a criação das sesmarias, ainda no período colonial, a produção cafeeira em meados de 1868 e a inauguração da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, em 1875. O vilarejo, conhecido em seus primórdios como Quilombo, recebeu o nome de Rebouças, inspirado no sobrenome de um dos maiores engenheiros brasileiros (Antônio Rebouças Filho), responsável pela construção da ferrovia. A denominação Sumaré, nome de uma orquídea originária da região, se deu em 1945, por meio de um plebiscito, cerca de 10 anos antes de sua emancipação político-administrativa. Na década de 1970, Sumaré registrou um alto índice de crescimento demográfico, impulsionado pela grande oferta de terrenos e instalação de indústrias na região. De acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município soma uma população de mais de 240 mil habitantes. Indicadores da Agemcamp coletados em 2011 indicam que a participação da indústria no total de empregos formais do município foi de 36,3%, acima da média da RMC (28,4%) e do estado de São Paulo (20,9%). (Com informações da Prefeitura Municipal de Sumaré, Governo do Estado de SP/ Agemcamp, BNDES e IBGE).

Unidade Responsável:
Comunicação Social