Tribunal promove evento de integração para último grupo de servidores oriundo do concurso de 2009

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Por Luiz Manoel Guimarães

Foi realizado nestas quinta e sexta-feira, 7 e 8 de novembro, mais uma edição do Programa de Integração para Novos Servidores da 15ª Região. Desta vez a turma foi composta por aproximadamente 50 analistas e técnicos judiciários que formam o último contingente de servidores convocados por terem sido aprovados no concurso mais recente, realizado pelo TRT15 em 2009. Com maioria feminina – cerca de 30 mulheres –, o grupo ingressou no quadro de pessoal da Corte ao longo dos últimos meses.

Organizadas pela Secretaria de Gestão de Pessoas do TRT, as atividades começaram no auditório da sede administrativa do Tribunal, no Centro de Campinas. Na abertura, o próprio presidente do Regional, desembargador Flavio Allegretti de Campos Cooper, falou aos novos servidores. O magistrado abordou sua experiência na Justiça do Trabalho, desde os tempos de advocacia, no Rio de Janeiro. Quando Cooper começou a advogar, havia apenas 25 juntas de conciliação e julgamento (antiga denominação das unidades de 1ª instância da JT) na capital carioca. Hoje são 82 varas do trabalho instaladas na Cidade Maravilhosa.

Na visão do presidente do TRT, cada unidade é única, "completamente diferente das demais". A razão para isso é simples, explica o desembargador. "As pessoas também são diferentes, e cada um de nós pode fazer a diferença, mudando para melhor o nosso ambiente de trabalho", preconizou ele. "Espero que, por causa de vocês, a instituição seja ainda melhor."

Concluindo a abertura, a secretária de Gestão de Pessoas e diretora-geral substituta do Tribunal, Adriana Martorano Amaral Corchetti, antecipou que o evento possibilita aos novos servidores "conhecer melhor a instituição e sua proposta de trabalho". Adriana destacou que, embora a 15ª seja, entre as 24 regiões em que está dividida a Justiça Trabalhista brasileira, a de maior percentual (mais de 80%) de servidores lotado na atividade-fim, a sobrecarga de trabalho é grande tanto na 1ª quanto na 2ª instância. Para ela, a forma como se encara o trabalho e a intensidade com que o profissional se entrega a ele são decisivas para o avanço na carreira. "As portas se abrem."

Corações e mentes

A programação do evento teve sequência com a palestra "Vencendo novos desafios profissionais – usando o cérebro e o coração", ministrada por Marcello Danucalov (foto abaixo), doutor em psicobiologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O tema foi, também, objeto de um workshop na tarde da própria quinta. Ainda pela manhã, o grupo participou de outra oficina, com os temas "Como enfrentar os desafios da ambientação a uma nova cultura organizacional", "Administração do estresse e ansiedade no trabalho com metas e objetivos" e "Trabalho efetivo em equipe".

Na sexta, o evento teve lugar no auditório do 1º andar do edifício-sede da Corte, também no Centro de Campinas. A diretora da secretaria da VT de Araras, Iara Cristina Gomes Uliani Martins dos Santos, falou sobre "Procedimentos e rotinas da 1ª instância: o que muda com o advento do Processo Judicial Eletrônico (PJe)". Já o juiz Jorge Luiz Souto Maior, titular da 3ª VT de Jundiaí, abordou o tema "Ética e alteridade no serviço público", fechando a programação matutina.

O roteiro incluiu ainda as palestras "Servidor público: uma breve visão cultural e disciplinar", a cargo de João Augusto Germer Britto, da Assessoria Jurídica do Tribunal, e "Competência recursal/originária e as alterações promovidas pelo PJe", proferida por Edson Lacir Donadon, da Coordenadoria Processual do TRT. As desembargadoras Gisela Rodrigues Magalhães de Araújo e Moraes, presidente da 3ª Turma do Regional, e Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla, da 2ª Turma, encerraram o evento, falando respectivamente sobre "Justiça do Trabalho – história e perspectivas" e "Relação humana e comportamental na Justiça do Trabalho".

Intenção é fazer carreira

O grupo incluiu servidores das áreas judicial – de 1ª e 2ª instância – e administrativa. Marina Lira da Silveira (foto abaixo), técnica judiciária lotada na VT de Mogi Mirim, é formada em marketing pela Anhanguera Educacional (2012) e ingressou na JT da 15ª em maio deste ano. Paulistana, 32 anos, ela já acumula cerca de 10 anos de experiência no serviço público, com passagens pela Secretaria Estadual de Educação, como funcionária de secretaria de escola, e pela Prefeitura de Americana, onde lidou com licitações e gestão de contratos.

"Sempre gostei da área do direito", afirma ela, que vai tentar, no próximo concurso promovido pelo TRT (o prazo para as inscrições se encerraram exatamente nesta quinta-feira), o cargo de analista judiciário, mais especificamente para a área administrativa. "Fui muito bem acolhida pelos colegas da VT de Mogi Mirim, o que me motivou ainda mais a fazer carreira no Tribunal."

"Legião estrangeira"

O recifense Guilherme Freitas Freire (foto à direita), analista judiciário, é um dos muitos "estrangeiros" da 9ª VT de Campinas. Segundo ele, apenas um servidor da unidade é campineiro. "O pessoal é gente boa", comenta ele, sem formalidades, mostrando estar à vontade na "casa nova". "Temos gente do Piauí, da Bahia e de várias cidades aqui do interior de São Paulo."

Experiência no serviço público também não falta a Guilherme, que se formou em direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2009. Aos 30 anos, ele já foi servidor do Tribunal de Justiça de Pernambuco, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, sediado no Recife, e do TRT da 1ª Região (RJ), onde trabalhou por dois anos na 21ª VT carioca. Sua monografia de conclusão da graduação, inclusive, versou sobre a flexibilização das normas trabalhistas.

Falta, mesmo, aqui em Campinas, só lhe faz a praia. No TRF5, mesmo quando trabalhava em Caruaru, a capital do forró, a quase 140 quilômetros do Recife, era frequente ir à capital para pôr o pé na areia.

Isadora vem aí

Luiz Rodrigo Pelay Mesquita (foto abaixo), 37 anos, analista judiciário lotado no gabinete da desembargadora Maria Madalena de Oliveira, acompanhou o evento nesta quinta-feira em meio a uma grande expectativa. Isadora, sua terceira filha, está para nascer.

Formado em direito e em administração de empresas, Luiz é outro "andarilho" da Justiça. Começou em 2006, como técnico judiciário do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, mas problemas respiratórios das filhas mais velhas – Fernanda e Carolina, hoje com 9 e 5 anos, respectivamente – levaram esse paulistano a prestar concurso para o TRT da 17ª Região (ES). Aprovado para o cargo de analista judiciário, mudou-se com a família, no início de 2010, para a cidade capixaba de São Mateus, mas ficou lá por apenas três meses. Graças a uma permuta, foi, então, em julho daquele ano, para a 16ª Região (MA), onde permaneceu até janeiro passado, quando retornou à capital paulista. "No mesmo ano de 2010, eu havia prestado concurso para o TRT da 2ª Região, também, e fui convocado no início de 2013. A propósito, a essa altura, o problema das minhas filhas já estava superado", esclarece Luiz, que veio para a 15ª em julho último, por meio de outra permuta, passando a residir em Indaiatuba, município vizinho a Campinas.

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