TRT consegue acordo na GM

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Metalúrgicos aprovaram aumento salarial de 8,07%

Os metalúrgicos da General Motors de São José aceitaram a proposta de aumento salarial de 8,07% feita pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), de Campinas.

Com a decisão, aprovada em assembleia no sábado (5/10), os trabalhadores da montadora afastam a possibilidade de nova paralisação motivada pela campanha salarial.

O percentual aprovado pelos trabalhadores inclui a inflação (6,07%), mais 1,88% de aumento real de salário.

Além disso, o auxílio creche foi reajustado em 11,78% e a metade das horas paradas em razão da greve do último dia 1º de outubro será assumida pela empresa.

Como parte do acordo, todas as cláusulas sociais foram renovadas e um calendário de negociações será estabelecido para efetivar a eleição de delegados sindicais.

Negociação

A proposta do índice de reajuste foi feita pelo desembargador Henrique Damiano, vice-presidente judicial do TRT, que presidiu a audiência de conciliação.

O sindicato reivindicava aumento de 13,5%. Nos acordos que têm firmado com empresas da sua base, a entidade tem conseguido reajuste de 9%.

"Na GM de São José dos Campos, além desse acordo teremos campanha salarial normalmente nos próximos anos. Não aceitamos o congelamento que a direção da companhia queria impor", disse o secretário-geral do Sindicato, Luiz Carlos Prates, o Mancha.

A proposta da GM previa que em 2014 e 2015 o reajuste seria apenas pela inflação do período.

Agora, o foco do sindicato passa a ser a Embraer.

Apenas uma rodada de negociação aconteceu com a empresa, no âmbito da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A empresa antecipou o INPC.

Após longa greve, metalúrgicos da MWL conquistam 9%

Mobilização na fábrica foi uma das mais fortes da Campanha Salarial deste ano

Os metalúrgicos da MWL, de Caçapava, aprovaram na noite de sexta-feira, dia 4, proposta de reajuste de 9% e encerraram a greve iniciada no dia 20 de setembro.

O reajuste, que será retroativo ao mês de setembro, incluiu a reposição da inflação medida pelo INPC (6,07%) mais 2,76% de aumento real.

Com relação aos dias parados, metade será paga pela empresa, e a outra metade, descontada dos trabalhadores aos poucos (haverá um dia de desconto a cada mês com 31 dias, com início em dezembro).

A proposta surgiu durante audiência de conciliação entre o Sindicato e representantes da empresa, realizada na sexta-feira, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª região, em Campinas. O Sindicato organizou uma delegação de trabalhadores que foi ao TRT para acompanhar a audiência.

Greve forte

A greve na MWL foi a mais longa desta Campanha Salarial, com duração de duas semanas. Além disso, os operários enfrentaram uma forte repressão da direção da empresa, que chegou a contratar seguranças armados com a intenção de enfraquecer o movimento.

Durante a greve, os metalúrgicos montaram um acampamento em frente à empresa para fortalecer a mobilização. Com barracas de lona, os trabalhadores se revezaram em grupos, fazendo plantões de dia e à noite.

"Todos os companheiros da MWL estão de parabéns pela unidade apresentada nestes dias de greve. A força dessa mobilização demonstra que, quando há luta, os trabalhadores conquistam bons acordos", disse o diretor do Sindicato Rogério Willians de Oliveira.

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Comunicação Social