Magistrados empossados na 15ª em outubro concluem curso de formação inicial

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 Dirigentes do TRT e da Escola Judicial da Corte,
organizadora do curso, parabenizam os novos colegas

Por Patrícia Campos de Sousa

Os magistrados que ingressaram no Judiciário Trabalhista da 15ª Região em outubro passado concluíram na última sexta-feira (31/1) o XXIII Curso de Formação Inicial Básica de Juízes do Trabalho Substitutos. Além dos dois meses do módulo regional do curso, organizado pela Escola Judicial do TRT-15, os novos juízes acompanharam, entre 28 de outubro e 29 de novembro, o módulo nacional na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), em Brasília. Foram dezenas de palestras, aulas expositivas, oficinas e visitas institucionais. Já nesta semana eles iniciam a vida profissional em uma das varas do trabalho da 15ª. Antes, porém, farão um breve treinamento prático com o Processo Judicial Eletrônico (PJe) em uma das unidades de 1ª instância do Regional em que o sistema já está em funcionamento, as chamadas "varas madrinhas".

"A sociedade pode se orgulhar de contar com 41 juízes do trabalho de primeira linha", afirmou o diretor da Escola Judicial, desembargador Samuel Hugo Lima, ao abrir a cerimônia de encerramento do curso, no auditório da instituição, no 3º andar do edifício-sede do Tribunal. O presidente, o vice-presidente judicial e o corregedor do TRT, respectivamente os desembargadores Flavio Allegretti de Campos Cooper, Henrique Damiano e Eduardo Benedito de Oliveira Zanella, também integraram a mesa de honra do evento, composta ainda pela vice-diretora da Escola Judicial, desembargadora Tereza Aparecida Asta Gemignani; pelos representantes dos juízes substitutos, dos juízes titulares e dos desembargadores no Conselho Consultivo e de Programas da Escola, respectivamente os juízes Patrícia Maeda, Alzeni Aparecida de Oliveira Furlan e o desembargador Manoel Carlos Toledo Filho; e pelo juiz Robson Adilson de Moraes, titular da 5ª Vara do Trabalho (VT) de Campinas, representando a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra XV).

"Sintam-se acolhidos em nossa Escola, espaço democrático de participação, onde todos têm voz", afirmou a juíza Patrícia, colocando-se à disposição dos colegas. Após elogiar a qualidade dos ingressantes, a juíza Alzeni os conclamou a não perderem o entusiasmo. "Sou muito feliz na Magistratura e tenho certeza de que vocês também serão felizes na carreira."

Estudioso dos sistemas jurídicos em perspectiva comparada e um dos palestrantes do curso, o desembargador Manoel Carlos disse considerar o juiz do trabalho brasileiro o melhor do mundo, "pelos desafios que enfrenta, sobretudo nos grandes centros", e desafiou os novatos a ratificarem a sua avaliação. "É um privilégio poder enfrentar esses desafios", concluiu o magistrado.

 Em nome da Amatra XV, o juiz Robson desejou sorte aos colegas e ofereceu-lhes todo o suporte necessário ao exercício do cargo. Ele afirmou que a Associação está especialmente comprometida com a luta pela melhoria das condições de trabalho dos juízes substitutos.

A desembargadora Tereza Asta, por sua vez, ressaltou o prazer de ter acompanhado de perto "uma turma diferenciada, formada por juízes inteligentes, questionadores, agentes importantes na construção de uma sociedade mais justa". Já o corregedor regional reforçou a responsabilidade social dos ingressantes. "A sociedade espera muito dos senhores. Tenho certeza de que não vão me desapontar, nem aos jurisdicionados", frisou o desembargador Zanella.

Com um discurso mais pragmático, o vice-presidente judicial do TRT lembrou que "já na semana que vem milhares de processos estarão aguardando a avaliação dos senhores". Henrique Damiano sublinhou que a magistratura é uma atividade estressante e que, para atingir com eficiência os objetivos da Justiça do Trabalho, é fundamental que os magistrados consigam manter o equilíbrio emocional.

Esbanjando felicidade pelo sucesso do curso, o desembargador Samuel Hugo Lima agradeceu ao desembargador Flavio Cooper pela qualidade do concurso para magistrados realizado pela 15ª, "um concurso realmente diferenciado, que soube selecionar, até mesmo na prova objetiva, os melhores candidatos". Ele elogiou também a Secretaria da Escola, responsável pela efetiva montagem do curso, "tarefa dificílima, considerando a extensão do programa e o número de alunos". Por fim, o diretor da Escola Judicial parabenizou os novos juízes e os aconselhou a não deixarem a vida profissional sobrepor-se à vida pessoal. "Não deixem a magistratura torná-los infelizes. Vocês precisam ser felizes para atuar bem. Não podemos ter vergonha ou medo de termos uma vida normal. Embaixo da toga há um ser humano", concluiu.

Encerrando a cerimônia, o presidente do TRT deu o seu recado com a exibição de trecho da entrevista concedida à jornalista Debora Santilli, do programa "Cartão de Visita", da TV Record News. Entre outros pontos, Flavio Cooper falou de sua vida quando não está no TRT e ressaltou a importância de buscar qualidade de vida. O magistrado terminou a entrevista executando no violão o "Samba do Arnesto", de Adoniran Barbosa. Quando as luzes foram reacesas, muitos juízes abraçaram-se emocionados, despedindo-se, após longa convivência diária. Alguns não contiveram as lágrimas.

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Comunicação Social