Posto Avançado da JT de Vinhedo também recebe o Grupo Móvel da Presidência do TRT

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 Por Luiz Manoel Guimarães

O Posto Avançado da Justiça do Trabalho de Vinhedo, município a cerca de 20 quilômetros de Campinas, atende a mais de 110 mil pessoas. Também faz parte da jurisdição da unidade a vizinha Louveira. Em fevereiro passado, o Posto recebeu o Grupo Móvel da Presidência de Atenção às Unidades de Primeira Instância (GMP), criado pelo presidente do TRT-15, desembargador Flavio Allegretti de Campos Cooper, para ser um canal direto de comunicação entre o 1º grau e a Presidência da Corte. Uma das missões do Grupo é dar aos servidores do TRT a oportunidade de conhecerem uns aos outros. A proposta é mostrar quem são e como vivem esses profissionais, que, espalhados por mais de cem cidades do Estado de São Paulo, são mais de quatro mil, somando os do próprio quadro do Regional com os cedidos por outros órgãos públicos.

Milton Roberto Polozi, por exemplo, está cedido à Justiça do Trabalho pela prefeitura de Vinhedo, para integrar a equipe do Posto, desde 8 de agosto de 2010. Vinhedense "da gema", sua vida profissional, de quase quatro décadas, vem transcorrendo totalmente no município. Em 1975, conseguiu seu primeiro emprego na Carborundum Abrasivos, que fabrica produtos empregados na construção civil. Dois anos depois, tornou-se empregado da Gessy Lever, onde ficou por cinco anos. De volta ao seu antigo empregador, lá ficou por mais cinco anos, fase que antecedeu a um período de sete anos como autônomo, na atividade de eletricista industrial. "Monto a parte elétrica de uma casa inteirinha", garante o servidor.

Na prefeitura, ele ingressou em 1º de agosto de 1997 e lá, entre outros setores, trabalhou no Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT), na concessão de seguro-desemprego, na expedição de carteira de trabalho e no cadastro de empregados e empregadores, entre outros serviços. "Cadastrávamos tanto quem estava à procura de emprego quanto quem oferecia vagas", lembra o servidor.

Irmão de craque

Apesar do "z" a menos, fruto de um erro de registro, Milton é, como o leitor mais afeito ao futebol já deve estar desconfiando, irmão de José Fernando Polozzi, o Polozzi, zagueiro que brilhou na Ponte Preta na década de 1970. Com Oscar, formou a que muitos consideram a maior dupla de zaga da história da Macaca e, a exemplo do companheiro, chegou à Seleção Brasileira, tendo disputado, inclusive, a malfadada Copa de 1978, na Argentina (era reserva de Amaral). Jogou depois no Palmeiras, já sem tanto destaque, e em vários outros clubes, incluindo o Bangu carioca e o Botafogo de Ribeirão Preto. Também morador de Vinhedo, atualmente Polozzi é treinador de futebol.

De sua parte, se não foi craque de bola, Milton não faz vergonha quando o esporte é a boa e velha pescaria (foto abaixo: divulgação). Aprendeu com o pai, Alceu, a quem já aos 14 anos acompanhava rios afora.

Como a todo bom pescador, não faltam boas histórias a Milton. Mas, ao contrário da maioria dos adeptos da arte de pescar, que ficam à mercê da incredulidade de seus interlocutores, ele conta o "causo" e prova na hora. Ou pelo menos tenta. Numa pausa de poucos minutos, o servidor corre até o carro e volta com várias fotos que procuram dissipar qualquer dúvida quanto à veracidade de suas palavras. Certa vez, uns 30 anos atrás, no Rio Abobral, afluente do Rio Paraguai, no Pantanal, foram 77 dourados para 11 pescadores, além de 67 pacus. "Naquela ocasião saímos com mais de 500 quilos de peixe", garante Milton. "Meu pai, por exemplo, pegou dois dourados de uns 20 quilos cada um." De outra feita, na Baía de Albuquerque, no próprio Rio Paraguai, três passarinhos se aproveitaram da paciência necessária ao bom pescador e pousaram despreocupadamente na vara com que Milton pescava, flagrante que um amigo logo tratou de registrar com a câmera.

Sem seu maior parceiro, seu Alceu, já falecido, Milton já não viaja tanto, mas ainda pesca num rancho que possui às margens do Rio Jacaré-Pepira, no Município de Bocaina, a cerca de 20 quilômetros de Jaú. "É um ranchinho simples, de pescador", arremata.

Projeto inédito

Iniciativa nunca antes desenvolvida, o GMP é coordenado pelo juiz Flávio Landi e já visitou, em pouco mais de um ano de trabalho, mais de cem unidades, entre VTs, coordenadorias de distribuição de feitos, postos avançados, centrais de mandados e ambulatórios médicos.

O objetivo principal do projeto é identificar demandas e criar oportunidades de aprimoramento, bem como verificar indicadores de qualidade de vida dos magistrados e servidores. As atividades do GMP em cada unidade incluem uma reflexão conjunta acerca da qualidade de vida pessoal e no trabalho. Os participantes são convidados a responder um questionário com temas como relações interpessoais no trabalho e sintomas e fontes de estresse. Posteriormente, no retorno da equipe à sede da Corte, em Campinas, os resultados são analisados e as conclusões são enviadas a todos os que participaram das atividades. Até mesmo situações individuais são abordadas, quando há solicitação nesse sentido por parte do juiz ou servidor, e sempre com o necessário sigilo. (Com informações do IBGE e do site "Terceiro Tempo")

Unidade Responsável:
Comunicação Social