Com informações de Clara Cerioni, da Assessoria de Imprensa da Acic

Cerca de 40 empresários e colaboradores participaram, na manhã desta terça-feira (15/9), de um evento que levou as desembargadoras Gisela Rodrigues Magalhães de Araujo e Moraes, vice-presidente judicial do TRT da 15ª Região, e Maria Inês Corrêa de Cerqueira César Targa, coordenadora do Centro Integrado de Conciliação (CIC) de 2º Grau do Tribunal, à sede da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), no Centro da cidade. Junto com os advogados Fernando Piffer, Fileto de Albuquerque e Carlos Eduardo de Oliveira, as magistradas palestraram sobre os benefícios da conciliação no processo trabalhista, abordando o passo a passo para se chegar ao acordo, além de mostrar, com exemplos práticos, o quanto se economiza com a solução negociada da ação.

"O acordo é o meio mais eficaz para solucionar um processo trabalhista. Além de desafogar o Judiciário e trazer um desfecho satisfatório aos jurisdicionados, reduz muito o custo para as empresas, uma vez que as dívidas trabalhistas são corrigidas à razão de 1% ao mês somente no que diz respeito aos juros, fora a correção monetária. Atualmente não é mais vantajoso ficar adiando a solução de uma ação trabalhista", afirmou a desembargadora Gisela.

Já sua colega Maria Inês chamou a atenção para a necessidade de o empregador estar preparado para resolver o processo por meio da conciliação. "Hoje em dia não é mais possível ser um empresário e não ser ou não ter um mediador de conflitos. É preciso sempre saber, antes da primeira audiência, o que levou seu colaborador a procurar a Justiça do Trabalho, e entrar em um acordo com ele. É nesse momento que você elimina um grande problema e, o principal, com uma economia inexplicável", analisa Maria Inês.

Para a presidente da Acic, Adriana Maria Garavello Faidiga Flosi, eventos como o desta terça-feira "trazem à realidade do empresário um assunto que talvez ele nem conhecesse". Segundo ela, "os micros e pequenos empresários estão tão preocupados em sobreviver em meio à crise econômica, que deixam de dar atenção às questões trabalhistas que impactam diretamente no orçamento mensal do negócio".

Processos trabalhistas em Campinas

Dados do TRT-15 apontam que, no primeiro semestre de 2015, foram movidas 12.918 ações trabalhistas contra empresas de Campinas. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de 11%.

Os novos casos não poupam nenhum setor. Os serviços lideram as queixas, com 23% das ações, seguidos pela indústria (16%), pelo transporte (11%) e pelo comércio (9%).