Curso na Escola Judicial do TRT-15 capacita magistrados e servidores para a docência

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Por Ademar Lopes Junior

A Escola Judicial (Ejud) do TRT-15 promoveu nesta sexta-feira, 28/8, a terceira etapa do Curso de Capacitação para Docência (Estudo de Caso), ministrado pela pedagoga Acácia Zeneida Kuenzer a 47 magistrados da 15ª, além de 9 servidores das Seções de Formação e de Ensino a Distância (EaD) da Ejud. Dentre os participantes, estavam o desembargador Samuel Hugo Lima, ex-diretor da Escola, a juíza auxiliar da Corregedoria Regional, Maria da Graça Bonança Barbosa, e o juiz Carlos Eduardo Oliveira Dias, titular da 1ª Vara do Trabalho de Campinas e que toma posse nesta terça-feira, 1º de setembro, como conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A professora Acácia, que é doutora em Educação, pesquisadora da área Trabalho e Educação e consultora pedagógica contratada pela Ejud, abriu o evento reafirmando a importância do trabalho da Escola em capacitar magistrados e servidores para a docência, uma "necessidade pragmática" do Tribunal. Acácia lembrou que um dos principais objetivos do curso é preparar formadores que busquem "soluções criativas" para problemas específicos. Ela ressaltou também que a educação é um processo contínuo, e que, do ponto de vista pedagógico, "todos nos educamos o tempo todo nas relações familiares, sociais e no trabalho, mas só os educadores propriamente ditos procuram construir um mundo mais humano".

Ao longo do dia, os participantes se debruçaram sobre o estudo de um caso de "execução de títulos judiciais e extrajudiciais", de autoria da desembargadora Cilene Ferreira Amaro Santos, do TRT-10 (DF e Tocantins). A técnica do instrumento pedagógico (estudo de caso) envolve uma apresentação técnica e, também, trabalho em grupo.

O principal objetivo do estudo se resume ao desenvolvimento de competências cognitivas, comportamentais e técnicas para a redação de decisões em execução de títulos judiciais e extrajudiciais. Dentre as competências comportamentais, estão o trabalho em equipe, saber ouvir, abrir mão da própria posição, se necessário, trabalhar com a diversidade e compartilhar aprendizagens. Com relação às competências cognitivas, os participantes aprenderam a identificar dimensões específicas do caso e apontá-las para a equipe, além de realizar análise crítica, elaborar roteiro mental para resolver os casos, desenvolver o raciocínio lógico-formal, estabelecer relação de causa e efeito, analisar o contexto (conhecer a jurisprudência e as especificações culturais regionais), perceber a relação entre o objeto e a totalidade do processo, desenvolver argumentação lógica e, por fim, redigir de forma clara, concisa e precisa.

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