Por Ana Claudia de Siqueira

Uma longa briga jurídica ou uma alternativa menos penosa para todos, construída por meio do diálogo? Esta foi a proposta da juíza Ana Claudia Torres Vianna, diretora do Fórum Trabalhista de Campinas e titular da 6ª Vara do Trabalho, ao reunir numa mesma mesa de negociação, representantes do Guarani Futebol Clube e do grupo Maxion Empreendimentos Imobiliários, de Porto Alegre (RS), empresa arrematante do Estádio Brinco de Ouro da Princesa em leilão promovido pela Justiça do Trabalho no final de março.

Os resultados dessa primeira sessão de mediação, ocorrida nas dependências do Núcleo de Gestão de Processos de Execução da Circunscrição de Campinas, foram considerados positivos pela juíza. "A Justiça do Trabalho está atuando como facilitadora do diálogo", explicou Ana Claudia, numa iniciativa que reforça a vocação conciliatória desse ramo do Judiciário.

O advogado da Maxion, Dárcio Vieira Marques, reafirmou que a empresa está disposta a colaborar com o clube na construção de um novo estádio. "Nós arrematamos o estádio, isso é fato, e a solução para esta situação é tripartite, com a Maxion, Guarani e prefeitura municipal. Queremos uma parceria com o Guarani e temos interesse social em Campinas, em preservar o patrimônio do clube", salientou Marques.

A reunião, que teve início com a fria troca de cartões de visita entre os participantes, foi finalizada com um convite feito pelo Guarani aos representantes da Maxion para conhecerem o Memorial do Clube. O presidente do Guarani Horley Senna e Palmeron Mendes Filho, do Conselho Fiscal, irão expor o teor do encontro em sessão administrativa do Clube. Foi decidido ainda que haverá uma nova reunião para melhor detalhamento das propostas trazidas na sessão, no prazo máximo de 20 dias.