Por iniciativa própria, empresa de transportes adere a projeto de conciliação da Vice-Presidência Judicial do TRT da 15ª
Por Luiz Manoel Guimarães
A reunião da manhã desta quinta-feira, 28 de maio, na Vice-Presidência Judicial (VPJ) do TRT-15, a propósito do projeto de conciliação implementado desde fevereiro deste ano, ocorreu por iniciativa da própria empresa, a transportadora Transjordano. A exemplo da JBS, líder mundial em processamento de carne bovina, ovina e de aves, em vez de aguardar a convocação da VPJ, a companhia de transportes se antecipou e pediu o agendamento do encontro para se engajar no projeto, que visa solucionar por acordo processos em que são parte grandes grupos empresariais com unidades instaladas na 15ª Região e já conta com a adesão de gigantes como Bosch, Unilever, Pirelli, CPFL, Casas Bahia e Caixa Econômica Federal.
"Graças à repercussão que a proposta da Vice-Presidência Judicial vem conquistando, algumas empresas começam a nos procurar mesmo antes de fazermos o primeiro contato", celebrou a vice-presidente judicial do TRT, desembargadora Gisela Rodrigues Magalhães de Araujo e Moraes. Além dela, participaram da reunião desta quinta a juíza auxiliar da VPJ, Andrea Guelfi Cunha, e, como representantes da Transjordano, as advogadas Joyce Bessa e Karina Roberta Gonzaga Pedrazoli, que se comprometeram a apresentar o mais breve possível a primeira lista de processos para inclusão em pauta visando à conciliação. Sediada no pólo petroquímico de Paulínia, a empresa realiza cerca de 35 mil carregamentos por ano, com operações espalhadas por todo o Brasil.
"A conciliação é o meio mais eficaz para solucionar um processo trabalhista. Essa é a nossa bandeira", reiterou a desembargadora Gisela. "Desafoga o Judiciário e traz um desfecho satisfatório aos jurisdicionados, além de reduzir expressivamente o custo para as empresas, uma vez que as dívidas trabalhistas são corrigidas à razão de 1% ao mês somente no que diz respeito aos juros, fora a correção monetária. Sem dúvida hoje em dia tornou-se antieconômico ficar postergando a solução de uma ação trabalhista", lecionou a vice-presidente judicial do TRT. Segundo a magistrada, insistir no litígio muitas vezes é apenas adiar um desfecho inevitável. "Na sua maioria, as ações trabalhistas envolvem somente matéria fática, questões já pacificadas pelas súmulas do Tribunal Superior do Trabalho, inclusive."
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