A convite da diretora da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, a desembargadora Tereza Asta, da 1ª Câmara do TRT-15, participou do Seminário Comemorativo dos 75 Anos da Justiça do Trabalho e 70 Anos do Tribunal Superior do Trabalho, realizado nos dias 24 e 25 na sede do próprio TST, em Brasília. A magistrada atuou como painelista, discorrendo sobre "O novo CPC e seus impactos no processo do trabalho".

Em homenagem à data, Tereza Asta iniciou sua apresentação com uma digressão histórica sobre a Justiça do Trabalho e a importância de sua atuação para a formação de nossa brasilidade, ressaltando que, nestas sete décadas, "o protagonismo desta Justiça Especializada foi decisivo para assegurar os direitos de cidadania àquele que dependia de seu trabalho para sobreviver".

A desembargadora destacou a celeridade, simplicidade e efetividade do processo trabalhista e os desafios que ele terá de enfrentar com o novo modelo de precedentes, que "muda o DNA do processo", exigindo também um novo modelo de hermenêutica, pautado pela "justificação, coerência e integridade", conforme dispõe o artigo 926 do novo CPC, aplicável por ser compatível com o processo do trabalho, formando um novo sistema em que a "diretriz normativa deixa de ser abstrata e se realiza no caso concreto e a partir do caso concreto" e o "centro referente passa a estar no juízo aplicador e não mais na norma em si".

O painel, o 4º do seminário, foi presidido pelo ministro Antonio José de Barros Levenhagen, das mãos de quem a desembargadora Tereza Asta recebeu a medalha comemorativa e o respectivo certificado.