Documentário sobre trabalho escravo é prestigiado por desembargadores da 15ª Região, em dia de combate ao racismo

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Por João Augusto Germer Britto

Na noite desta segunda-feira (21/03), o Museu da Imagem e do Som de Campinas realizou a pré exibição do documentário "Menino 23", obra que mostra uma história pouco conhecida no Brasil envolvendo meninos negros e mulatos.

O desembargador presidente do TRT 15ª, Lorival Ferreira dos Santos, e seus colegas Eduardo Benedito de Oliveira Zanella e Helena Rosa Mônaco da Silva Lins Coelho compareceram ao evento, que teve apoio da Unisal Campinas e da prefeitura do município; outras autoridades convidadas estiveram presentes.

O filme (dirigido por Belisário Franca) retrata a investigação do historiador Sidney Aguilar Filho, a partir de tijolos localizados numa fazenda no interior de São Paulo marcados com suásticas: durante os anos 30, cinquenta meninos negros e mulatos foram levados de um educandário no Rio de Janeiro para a fazenda (localizada em Campina do Monte Alegre) e, foram submetidos a trabalho escravo por uma família que fazia parte da elite política e econômica do país e era simpatizante do ideário nazista. Os garotos foram identificados por números e o documentário revela a história de poucos deles, inclusive o "menino 23" (o sobrevivente Aloísio Silva, com 83 anos quando da rodagem). O trabalho investigativo gerou, antes, uma tese de doutorado sobre o assunto, pela Unicamp.

O desembargador Zanella preside o Comitê de Erradicação do Trabalho Escravo, Tráfico de Pessoas e Discriminação da Justiça do Trabalho da 15ª Região, integrado dentre outros pela desembargadora Helena Rosa; o colegiado foi instituído pela Presidência do TRT15 e busca elaborar estudos e apresentar propostas de ações e projetos que combatam esses crimes.

A data de 21 de março marca o Dia Internacional de Luta contra a Discriminação Racial.

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