Escola Judicial da 15ª recebe os recém-empossados juízes do trabalho substitutos
Por João Augusto Germer Britto
Na manhã desta quarta-feira (05/10), os quatorze juízes empossados ontem, acompanhados de uma colega do TRT 10ª Região (DF), iniciaram a etapa regional do curso de formação, promovido e sediado pela Escola Judicial da 15ª. Os alunos farão três meses de preparação, com extensa grade curricular, permanecendo 60 dias sob os cuidados pedagógicos da Ejud 15ª e outros 30 dias na Enamat, em Brasília.
O presidente do TRT15, desembargador Lorival Ferreira dos Santos, esteve acompanhado na mesa de abertura por seus colegas Gisela Rodrigues Magalhães de Araujo e Moraes (vice-presidente judicial), Francisco Alberto da Motta Peixoto Giordani (diretor da Escola), Manoel Carlos Toledo Filho (vice-diretor da Escola), José Otávio de Souza Ferreira (ouvidor da 15ª e presidente do Coleouv - Colégio de Ouvidores da Justiça do Trabalho), Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla (vice ouvidora regional) e também do juiz Gustavo Zabeu Vasen, representando a direção da Amatra XV. Estiveram presentes também os desembargadores Flavio Allegretti de Campos Cooper (ex-presidente da Corte) e Samuel Hugo Lima (ex-diretor da Escola) e o juiz auxiliar da presidência Firmino Alves Lima.
O presidente da 15ª se dirigiu a cada componente da mesa para um elogio profissional ou institucional, ressaltando também qualidades pessoais dos colegas. Aos alunos, citou que "a Escola busca o aperfeiçoamento do conhecimento, não obstante a conquista meritória de todos". Lorival lembrou da "quantidade de processos imensa; vocês encontrarão muito trabalho mas isto é uma vocação que será exercitada aqui". Como tem feito em suas intervenções públicas, ele ressaltou a importância da conciliação, como modo de superar uma "cultura da sentença" que se mostra equivocada e insuficiente.
A desembargadora Gisela Moraes ainda trazia lembranças do dia anterior e disse aos alunos que ficou "muito emocionada" com a posse; ela os parabenizou pela conquista e felicitou o desembargador Lorival pela sensibilidade em inserir a entrega da toga, pelos familiares, na cerimônia. Gisela terá um painel para explanar, durante o curso, sobre o projeto de mediação e conciliação que capitaneou com sucesso na Vice-Presidência Judicial.
O desembargador Manoel Carlos, vice-diretor da Ejud 15, cumprimentou os novos juízes e disse que "a aprovação no concurso é uma etapa fundamental, pois define o que seremos, mas é um ponto de partida e não de chegada". Ele registrou que "a magistratura trabalhista brasileira é a melhor do planeta dentre as especializadas" e antecipou que os juízes "vão trabalhar um bocado mas tudo dará certo".
O desembargador José Otávio, ouvidor da 15ª, deu dois conselhos para o grupo: "Ouçam! Não percam a oportunidade de ouvir o jurisdicionado para bem decidir; e aproveitem este curso, pois ele é uma das maiores conquistas que conseguimos em nossa carreira". O ouvidor pugnou pela busca pessoal de "um amadurecimento que entregue a melhor prestação jurisdicional a um povo sofrido".
A desembargadora Ana Amarylis, vice-ouvidora, elogiou a 15ª e confidenciou: "falo sempre que o TRT 15ª é glorioso, é de vanguarda". Ela parabenizou a todos, disse que atualmente a conciliação "é o grande mote do nosso Tribunal" e consignou que "a Ouvidoria é o portal de transparência do Judiciário".
O juiz Gustavo Vasen testemunhou a importância do curso de formação, uma vez que participou de uma das edições anteriores na 15ª e em Brasília. Deu os parabéns para seus novos colegas e citou "a oportunidade muito importante para aprimoramento, para compartilhar experiências e estabelecer laços de amizade".
O desembargador Francisco Giordani encerrou as falas da manhã. Ele mencionou a "sorte que tive ao dirigir a Escola na gestão Lorival, que conheço desde meu início na magistratura, quando um insight me falou para seguir sua linha". O diretor da Ejud da 15ª agradeceu também a seu vice, Manoel Carlos e, a respeito do curso que se iniciava, lembrou ser "voltado para competências práticas, pois as técnicas já foram avaliadas". Ele citou uma fala contundente do jurista argentino Eugenio Zaffaroni que, ao acentuar a realidade do homem comum latino-americano, obrigado a ultrapassar barreiras pessoais, econômicas, políticas e sociais, conclui "pelo milagre que coloca o indivíduo numa situação extremamente privilegiada". Giordani se dirigiu aos alunos para lembrar: "Temos uma grande responsabilidade para com o povo brasileiro".
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