Mobilização integra outras iniciativas como a exposição itinerante "Um mundo sem trabalho infantil"

Por Ademar Lopes Junior

O município de Presidente Prudente completa 100 anos em 2017, e para comemorar esse aniversário, a cidade se preparou com muita festa e comemoração. Uma delas, a campanha "Campanha "Não leve na brincadeira: trabalho infantil é ilegal. Denuncie – Prudente Cem anos, Sem trabalho infantil" comemora centenário de Presidente Prudente", idealizada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Fórum Trabalhista de Presidente Prudente), Ministério Público do Trabalho da 15ª Região, Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil de Presidente Prudente e Comissão Integrada do Centenário do Município, e desenvolvida pela agência Audi Comunicação, de forma inteiramente gratuita, contando apenas com o apoio institucional e dos órgãos de imprensa locais, já recebeu duas premiações no FestDigital 2017, em Ribeirão Preto. A campanha recebeu medalha de bronze na modalidade "Órgãos Públicos" (segmento áudio: https://goo.gl/UD57Jr) e prata na modalidade E-Marketing (segmento on-line: http://mailchi.mp/a9962f3c3ed1/no-leve-na-brincadeira).

Alinhado nesse espírito de combate ao trabalho infantil, o Prudenshopping, o maior shopping center da cidade, também participa da campanha de conscientização para os perigos do trabalho infantil e, ao longo de todo o mês de setembro, mantém a exposição "Um mundo sem trabalho infantil". A exposição foi idealizada pelo TRT-15, como parte das atividades do "Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho", e integra, entre outros magistrados, o desembargador João Batista Martins César, e o juiz José Roberto Dantas Oliva,  titular da VT de Presidente Venceslau e coordenador do Juizado Especial da Infância e Adolescência da Circunscrição de Presidente Prudente.

A exposição, que é itinerante, já foi exibida em diversas cidades como Brasília, Curitiba, Aparecida e Campinas, sempre com o objetivo de conscientizar a sociedade de que é preciso, com urgência, exigir o respeito aos direitos desses jovens, conforme estabelece a legislação brasileira, sobretudo a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A mostra retrata como ainda hoje, no País, crianças e adolescentes dos 5 aos 17 anos são submetidos a expedientes extenuantes, muitas vezes nas piores formas de trabalho infantil, em carvoarias, lixões, empregos domésticos e outras formas de exploração. O problema, entretanto, vai muito além de trabalhos perigosos e insalubres, incluindo atividades criminosas como escravidão, abuso sexual e exploração infantil, como a exposição também revela. A mostra é composta por 21 painéis, com destaque para o maior deles, de 10 m X 1,8 m, traçando uma "linha do tempo" do trabalho infantil no País.