Desembargador Flavio Cooper, que se aposenta no próximo dia 7, é homenageado em sessão do Pleno

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Muita emoção marcou a abertura da Sessão Administrativa Ordinária do Tribunal Pleno do TRT-15 na manhã desta quinta-feira, 30 de março, conduzida pelo presidente, desembargador Fernando da Silva Borges, e que contou com a presença de 34 desembargadores e do procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho em Campinas, Eduardo Luís Amgarten.

O presidente Fernando Borges anunciou, com tristeza, que a sessão do Pleno seria a última do desembargador Flavio Allegretti de Campos Cooper, que se aposenta a partir do dia 7 de abril (a publicação no Diário Oficial foi nesta quinta, 30/3). O presidente não poupou elogios ao colega desembargador, a quem chamou de "paradigma de magistrado" e com quem conviveu durante anos, desde os tempos do concurso de ingresso à magistratura. Ao longo de todos esses anos, o desembargador Fernando Borges afirmou que aprendeu a admirar o colega, especialmente por sua postura "sempre serena e tranquila", tanto na vida pessoal como na atuação profissional, em defesa da Justiça do Trabalho e da justiça social.

O desembargador Lorival Ferreira dos Santos também teceu elogios ao amigo Flavio Cooper, "figura maravilhosa de magistrado competente  e dedicado, e que nunca se furtou a colaborar na instituição", tendo exercido sempre "o bom combate". O desembargador Lorival ressaltou do colega a "extraordinária capacidade de sintetização em suas decisões, sem perder o conteúdo científico".

O desembargador Gerson Lacerda Pistori equiparou o amigo Flavio Cooper ao personagem Dom Quixote de La Mancha, também conhecido como o "cavaleiro da triste figura". No caso do colega Flavio Cooper, porém, o desembargador ressaltou que o adágio deve ser ligeiramente alterado para "o cavaleiro da grande figura, sempre sonhando o sonho impossível".

O próprio desembargador Flavio Cooper, bastante emocionado, não escondeu a tristeza de deixar um tribunal, a que se dedicou por 30 anos. Segundo ele, foram 20 anos só na segunda instância, mas 30 dedicados à magistratura. O desembargador, que chegou a presidir o TRT-15 no biênio 2012-2014, lembrou que seu primeiro trabalho foi aos 16 anos, como detetive particular, meio por acaso e a pedido de uma vizinha. Quase 46 anos depois, o magistrado, que teve a vida enriquecida pela atuação na Justiça do Trabalho, afirma que chegou o momento de se dedicar a outras causas, tão nobres e importantes para ele como a que desempenhou na Justiça do Trabalho, e que deverão absorver toda a sua atenção, inclusive com uma mudança para Brasília, onde vai permanecer por três anos.

O juiz Luís Rodrigo Fernandes Braga, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra XV), registrou também sua admiração e respeito ao desembargador Flavio Cooper, particularmente por sua "maravilhosa presidência" e por suas decisões inteligentes. O juiz Braga encerrou afirmando que no momento em que o desembargador Cooper se prepara para a aposentadoria, cheio de vida e de novos desafios, o tribunal perde uma de suas melhores expressões, "mas a humanidade ganha com seus serviços".

Para o juiz Braga, a sessão de quinta-feira também foi a última no cargo de presidente da Amatra XV. O magistrado agradeceu a todos pelo apoio nos dois anos em que esteve à frente da associação, e garantiu que "sempre procurou os melhores caminhos" e reafirmou que seu compromisso sempre foi o de atender a todos, na medida do possível, "e se mais não fez foi por causa das dificuldades do momento ou por limitações pessoais".

A desembargadora Maria Madalena de Oliveira também aproveitou o momento para cumprimentar o colega Flavio Cooper pela aposentadoria, e ao presidente da Amatra XV, juiz Luís Rodrigo Fernandes Braga, pelo encerramento do mandato. A magistrada falou também de sua recente experiência na França, onde participou de um congresso internacional promovido pela Anamatra, e em Genebra, na Suíça, onde representou o tribunal num evento que reuniu 60 mulheres do mundo todo e em que se discutiram os direitos das mulheres. Dentre os pontos abordados pela desembargadora no evento, o ingresso por concurso na magistratura, no Brasil, foi bastante discutido como forma de respeito às diferenças entre homem e mulher. Ao contrário do que ocorre em outros países, onde os magistrados ingressam por indicação política, no Brasil o concurso garante equivalência para ambos os sexos.

 
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