O diretor da Escola Judicial do TRT-15, desembargador Manoel Carlos Toledo Filho, abriu na manhã desta terça-feira, 15/5, a 7ª Oficina de Formação Inicial dos Juízes do Trabalho Substitutos, que reuniu nos auditórios 3 e 4 da escola 15 magistrados em fase de vitaliciamento. Integraram também a Mesa da cerimônia de abertura do evento o corregedor da 15ª, desembargador Samuel Hugo Lima, a vice-presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra XV), juíza Patrícia Maeda, representando a Presidência da entidade, e o juiz substituto do TRT-3 (MG), Marcos Vinícius Barroso, que conduziu os trabalhos do dia.

O desembargador Manoel Carlos desafiou os juízes participantes do curso a buscarem uma "quebra de paradigmas" e ressaltou a importância de mais transparência e voz ativa na atuação como magistrado.

O desembargador Samuel traçou um paralelo entre a atividade dos novos juízes e a dos alpinistas que, segundo ele, têm como meta não simplesmente alcançar o topo da montanha, mas o retorno ao acampamento. No que se refere aos juízes, mais do que passar num concurso de magistratura (atingir o topo), o importante é participar dos cursos oferecidos pela Escola Judicial. De acordo com o corregedor, é importante que os juízes recém-ingressos na magistratura lutem contra a "burocratização" da profissão e se tornem "juízes mais críticos e felizes".

A juíza Patrícia Maeda deu as boas-vindas aos juízes em nome da Amatra XV e lembrou que esse momento de formação é onde se formam os primeiros vínculos entre os colegas, e que essa fase é de "celebração, mas também de novidades".

Programa

Ao todo serão quatro dias de curso, de 15 a 18/5, com 28 horas-aula. No primeiro dia, o juiz Marcos Vinícius Barroso dirige os trabalhos sobre "técnicas de instrução no processo do trabalho e efetividade da execução" com uso de dados fornecidos em pesquisa patrimonial para decidir após a Lei 13.467/17 (grupo econômico, relação sócios x empresas, fraudes e responsabilidade).

No segundo dia, o juiz Marcos Barroso ministra oficina sobre "efetividade da execução", com análise e interpretação de dados fornecidos em afastamento de sigilo bancário.

Na quinta-feira, 17/5, a atividade pedagógica fica a cargo do engenheiro e perito Clayton Odair Orasmo, que fala sobre técnicas de instrução no processo do trabalho, com análise de laudo pericial.

No último dia do curso, a professora e consultora pedagógica da Ejud, Acacia Zeneida Kuenzer, em conjunto com outros juízes orientadores, dirige uma atividade sobre "formação profissional". No mesmo dia, a psicóloga Ana Maria Benevides, pós-doutora em Psicologia Clínica e da Saúde, fala sobre qualidade de vida em palestra sobre "Síndrome de Burnout: além do estresse ocupacional". Fechando os trabalhos do dia, Océlio de Jesus Carneiro Morais, juiz titular da 11ª VT de Belém (TRT-8), aborda o tema ética, poder e função judicante dentro da deontologia profissional aplicada, última atividade do encontro.