Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TRT-15 convida servidores para vivência no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
A rotineira chegada ao trabalho dos servidores lotados na sede judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas, ganhou novas sentidos nesta segunda-feira (3/12). De olhos vendados ou fechados, eles foram convidados a deixar a visão de lado e experimentar um pouco do que as pessoas com deficiência visual enfrentam para se deslocar da entrada do prédio até suas estações de trabalho. Realizada pela Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal, em parceria com a Prefeitura de Campinas, a ação integra as celebrações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, em 3 de dezembro.
"A vivência tem como objetivo sensibilizar os servidores para barreiras que impedem a participação social ou limitam a liberdade de movimento das pessoas com deficiência", explica o fisioterapeuta do TRT-15 e membro da Comissão de Acessibilidade, Fauzi El Kadri Filho. O objetivo é ouvir o público sobre o que pode ser feito para ampliar a autonomia e a sensibilidade das pessoas com deficiência que circulam pelos prédios do TRT-15.
Além dos obstáculos físicos, a vivência também chama a atenção para atitudes ou comportamentos que atuam como barreiras. Cada participante recebe uma cartilha elaborada pela Comissão do TRT-15 e uma carta dos serviços públicos de Campinas feita pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos humanos. De olhos fechados ou vendados, os participantes da vivência são guiados pelo servidor do TRT-15 Jairo Maurano Machado e seu cão guia, o labrador Emet, por Luiz Carlos, do Centro de Referência da Pessoa com Deficiência, e pela assistente social do TRT-15 e uma das idealizadoras da ação de sensibilização, Raquel Lorca Vieira.
A primeira lição aprendida é que a melhor forma de guiar um deficiente visual é oferecer-lhe o cotovelo dobrado para que possa segurá-lo antes de começar a caminhar. A tarefa de digitar em um painel externo o andar desejado e caminhar até o elevador, antes da porta fechar, torna-se missão quase impossível para a maioria dos servidores, limitados sensorialmente pelo uso exclusivo da visão. Já o despercebido tapete próximo a porta de um deles se agiganta e transforma-se em um Everest para a maioria dos participantes.
"Essa interação nos ajuda a saber o que podemos melhorar no nosso Tribunal. Por isso pedimos a todos que enviem um mensagem sobre o que acharam da vivência", destaca Jairo que, ao saber que uma notícia sobre a vivência seria publicada no site do Tribunal, afirma que "vai ficar de olho", bom humor de quem ressignificou a deficiência visual e, com o auxílio de todos os outros sentidos e do labrador Emet, guia a 15ª Região rumo à acessibilidade plena.
- 40 visualizações