Desembargadora Ana Amarylis profere palestra sobre boas práticas na vida cotidiana
Durante a 17ª Reunião Ordinária do Colégio de Ouvidores da Justiça do Trabalho (Coleouv), realizada nos dias 26 e 27 de abril, em Porto Alegre, a ouvidora do TRT-15, desembargadora Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla, proferiu palestra sobre boas práticas na vida cotidiana. O evento aconteceu no Auditório Ruy Cirne Lima, na Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS). Também esteve presente ao encontro o coordenador da Ouvidoria da 15ª, Alan Rogério Simões de Melo.
A reunião também foi realizada em apoio ao projeto ElesporElas, da Organização das Nações Unidas (ONU), mais conhecido internacionalmente por HeforShe, que promove ações voltadas à equidade de gênero. Ao longo do evento, foram oferecidas palestras e outras atividades voltadas para a discussão e aperfeiçoamento das ouvidorias do Judiciário Trabalhista.
Na abertura da reunião, estiveram presentes a presidente do TRT-RS, desembargadora Vania Cunha Mattos, a ouvidora da instituição, desembargadora Laís Helena Jaeger Nicotti, o presidente do Colégio de Ouvidores da Justiça do Trabalho, desembargador Gentil Pio de Oliveira, e o presidente do Colégio de Ouvidores da Justiça Estadual, desembargador Altair de Lemos Júnior.
A desembargadora Ana Amarylis iniciou sua palestra convidando todos à reflexão. A magistrada, ao tratar sobre a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA), esclareceu sobre o tempo líquido: o tempo se esvai, pois, sempre nos pegamos lamentando o passado e pensando no futuro, nos esquecendo de viver o agora. A desembargadora ressaltou a importância do equilíbrio na vida cotidiana (buscar o caminho do meio), bem como da disciplina ao afirmar que devemos estabelecer prioridades, retirar auto preconceitos, ter espaço para esportes (precursor da serotonina), espaço para os amigos, alimentação funcional e saudável e um espaço prioritário para a família.
A desembargadora fez uma abordagem sobre a forma como a pessoa encara um momento, aduzindo que essa forma pode mudar toda a perspectiva, dando ênfase a uma abordagem mais otimista. Afirmou que a sociedade vive hoje num ritmo de consumo exacerbado: que é reflexo do desequilíbrio emocional, físico, espiritual e mental. A infelicidade faz com que se consuma o que não se tem necessidade. O consumo se tornou uma fuga de um vazio existencial. Esse vazio permite que a mídia (e a sociedade) nos imponha desejos que não são verdadeiramente nossos. "Eu amo o que desejo e eu desejo o que não tenho. E quando eu consigo ter, já não amo mais, porque deixou de ser um desejo", complementou Ana Amarylis, fazendo um convite para nos libertar e a não desperdiçarmos nosso tempo.
A palestrante enfatizou a gratidão como a mais poderosa das ferramentas mentais. Ela destacou que devemos ter atenção ao subconsciente e ao possível sentimento de autopunição oculto. A expositora disse ainda que devemos afastar crenças limitantes (ex. Eu não consigo aprender inglês...) para atingirmos nosso objetivo e que, para isso, devemos ter novos paradigmas, pensarmos em estratégia e termos o enfrentamento da crença de nossas limitações. Por fim, afirmou ainda a importância do elogio sincero, da verdade, e da generosidade.
Para o secretário do Coleouv e vice-ouvidor do TRT do Espirito Santo, desembargador Marcello Maciel Mancilha, "em momentos tão inquietantes no país, em especial na política e no judiciário, foi salutar o convite à reflexão da desembargadora Ana Amarylis. Dotada de extrema sensibilidade e conhecimento da alma, a palestrante trouxe ferramentas muito úteis para lidar com a vida e a nossa profissão, em tempos tão corridos e conturbados". O desembargador acrescentou que a exposição foi "dotada de magnífica carga de razão e emoção, sentimento e racionalidade que devem envolver as atitudes diuturnas do ser humano, notadamente daqueles que atuam nas ouvidorias públicas. "A expositora trouxe para os magistrados e servidores a perspectiva do desenvolvimento de um trabalho direcionado ao atendimento do jurisdicionado e aperfeiçoamento das instituições públicas. Enfim, foi um presente a quem teve o privilégio de poder participar de tal momento", reforçou Mancilha.
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